quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

OPINIÃO DO LIVRO: "MEMÓRIAS DE UMA ENVELHESCENTE"



Lembro que quando era criança queria logo virar adulto para poder fazer tudo aquilo que eu quisesse. Fosse dormir a hora que eu bem entendesse, fosse tomar uma coca-cola o dia que eu quisesse e a qualquer hora que tivesse sede (de coca-cola) não tendo que esperar somente o final de semana como era lá em casa, tudo imposto pelos meus pais. A frase que vinha sempre na minha cabeça era: "Quando eu crescer...."

O tempo passou, eu cresci e é nessa hora, ou em alguma hora que você para e com muita nostalgia lembra como era bom o tempo de criança. Onde não haviam preocupações de contas a pagar, de qual seria o jantar, de ter que ir trabalhar, medo de talvez ficar desempregado, medo da inflação, ou de como vou equilibrar o meu orçamento. 

Agora você cresceu, é um adulto e outra questão vem à sua mente. E quando eu ficar velho? Como vai ser minha vida? Como eu vou lidar com essas questões? 

Em "Memórias de uma envelhescente", Judith Nogueira, passa isso a limpo. Ela nos conta como foi para ela o processo de mudança da juventude para a próxima fase da vida de todos nós. E foi perto dela completar seus 40 anos de vida que sentiiu a necessidade de por tudo isso em pratos limpos. Como é esse processo em que ainda não se é velho, mas não se é jovem? O termo "envelhescente" ilustra isso bem. É a fase em que estamos nesse processo e todas as dúvidas que ele nos trás.

Judith nos ajuda a aproximarmos mais dos tabus impostos involuntariamente pelo tempo. Morte, doença, e o próprio envelhecer. Com relatos pessoais mesclados com reflexões, a leitura de "Memórias de uma envelhescente" se torna não diria obrigatória, mas uma leitura que poderá ajudar ou minimizar essa passagem.


Classificação:  ☻☻☻☺

☻ Péssimo ☻☻ Ruim ☻☻☻ Bom ☻☻☻☻ Muito Bom ☻☻☻☻☻ Ótimo

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