quarta-feira, 29 de maio de 2013

DICA DE PORTUGUÊS: TEM E TÊM


DICA DE PORTUGUÊS: TEM E TÊM

É antigo um poema que exalta o Brasil e esclarece a dúvida entre se colocar ou não o acento circunflexo: tem ou têm. Refiro-me ao trecho de Canção do exílio do poeta Gonçalves Dias. Veja a estrofe: 

“Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.”

Note os termos em destaque acima: percebe que há diferença entre a primeira oração e as demais?

Está evidente que esta diferença acontece por causa do acento circunflexo. Mas por que isso ocorre? A primeira sentença está no singular, o sujeito é “nosso céu”. Logo após essa frase, há duas orações no plural, onde os sujeitos são “nossas várzeas” e “nossos bosques”.

Tem acompanha o sujeito na terceira pessoa do SINGULAR.
Têm acompanha o sujeito na terceira pessoa do PLURAL.


Veja mais exemplos:

a) A menina tem muito entusiasmo em aprender.
b) Ela tem um sapato igual ao seu.
c) Alguns políticos têm esperanças de um futuro melhor.
d) Eles não têm competência para julgar.
e) Nada disso, essas pessoas têm que rever seus conceitos.
f) Então, ela tem que pedir perdão pelo que disse!


Observação 1: Os derivados do verbo “ter” (deter, manter, conter, obter) têm acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural: Isto contém glúten, Esses caldos de carne contêm glúten, Ele obtém vantagem nisso?, Eles obtêm vantagem em ter uma equipe assim!

Observação 2: A diferença entre tem e têm continua com a reforma ortográfica.

Fonte: Brasil Escola - Sabrina Vilarinho

terça-feira, 28 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: FIGURAS DE ESTILO E LINGUAGEM


DICAS DE PORTUGUÊS: FIGURAS DE ESTILO E LINGUAGEM 

1 - Anacoluto- interrupção na sequência lógica da oração deixando um termo solto, sem função sintática. 

Ex.: Mulheres, como viver sem elas?

2 - Anáfora- repetição de palavras.

Ex.: Ela trabalha, ela estuda, ela é mãe, ela é pai, ela é tudo!

3 - Antonomásia - substituição do nome próprio por qualidade, ou característica que o distinga. É o mesmo que apelidado, alcunha ou cognome.

Exemplos.:

Xuxa (Maria das Graças)
O Gordo (Jô Soares)

4 - Antítese - aproximação de ideias, palavras ou expressões de sentidos opostos.

Ex.: Os bobos e os espertos convivem no mesmo espaço.

5 - Apóstrofo ou invocação - invocação ou interpelação de ouvinte ou leitor, seres reais ou imaginários, presentes ou ausentes.

Exemplos.:

Mulher, venha aqui!

Ó meu Deus! Mereço tanto sofrimento?

6 - Assíndeto - ausência da conjunção aditiva entre palavras da frase ou orações de um período. Essas aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.

Ex.: Nasci, cresci, morri.
(ao invés de: Nasci, cresci e morri.)

7 - Catacrese - metáfora tão usada que perdeu seu valor de figura e se tornou cotidiana, não representando mais um desvio. Isso ocorre pela inexistência das palavras mais apropriadas. Surge da semelhança da forma ou da função de seres, fatos ou coisas.

Exemplos.: céu da boca; cabeça de prego; asa da xícara; dente de alho.

8 - Comparação ou símile - aproximação de dois elementos realçando pela sua semelhança. Conectivos comparativos são usados: como, feito, tal qual, que nem...

Ex.: Aquela criança era delicada como uma flor.

9 - Elipse - omissão de palavras ou orações que ficam subentendidas.

Ex.: Marta trabalhou durante vários dias e ele, (trabalhou) durante horas.

10 - Eufemismo - atenuação de algum fato ou expressão com objetivo de amenizar alguma verdade triste, chocante ou desagradável.

Ex.: Ele foi desta para melhor.
(evitando dizer: Ele morreu.)

11 - Hipérbole - exagero proposital com objetivo expressivo.

Ex.: Estou morrendo de cansada.

12 - Ironia - forma intencional de dizer o contrário da ideia que se pretendia exprimir. O irônico é sarcástico ou depreciativo.

Ex.: Que belo presente de aniversário! Minha casa foi assaltada.

13 - Metáfora - é um tipo de comparação em que o conectivo está subentendido. O segundo termo é usado com o valor do primeiro.

Ex.: Aquela criança é (como) uma flor.

14 - Metonímia - uso de uma palavra no lugar de outra que tem com ela alguma proximidade de sentido.

A metonímia pode ocorrer quando usamos:

a - o autor pela obra
Ex.: Nas horas vagas, lê Machado.
(a obra de Machado)

b - o continente pelo conteúdo
Ex.: Conseguiria comer toda a marmita.
Comeria a comida (conteúdo) e não a marmita (continente)

c - a causa pelo efeito e vice-versa
Ex.: A falta de trabalho é a causa da desnutrição naquela comunidade.
A fome gerada pela falta de trabalho que causa a desnutrição.

d - o lugar pelo produto feito no lugar
Ex.: O Porto é o mais vendido naquela loja.
O nome da região onde o vinho é fabricado

e - a parte pelo todo
Ex.: Deparei-me com dois lindos pezinhos chegando.
Não eram apenas os pés, mas a pessoa como um todo.

f - a matéria pelo objeto
Ex.: A porcelana chinesa é belíssima.
Porcelana é a matéria dos objetos

g - a marca pelo produto
Ex.: - Gostaria de um pacote de Bom Bril por favor.
Bom Bril é a marca, o produto é esponja de lã de aço.

h - concreto pelo abstrato e vice-versa
Ex.: Carlos é uma pessoa de bom coração
Coração (concreto) está no lugar de sentimentos (abstrato)

15 - Onomatopeia – uso de palavras que imitam sons ou ruídos.

Ex.: Psiu! Venha aqui!

16 - Paradoxo ou oxímoro - Aproximação de palavras ou ideias de sentido oposto em apenas uma figura.

Ex.: "Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo." (Carlos Drummond de Andrade)

17 - Personificação, prosopopeia ou animismo – atribuição de características humanas a seres inanimados, imaginários ou irracionais.

Ex.: A vida ensinou-me a ser humilde.

18 - Pleonasmo ou redundância - repetição da mesma ideia com objetivo de realce. A redundância pode ser positiva ou negativa. Quando é proposital, usada como recurso expressivo, enriquecerá o texto:

Ex.: Posso afirmar que escutei com meus próprios ouvidos aquela declaração fatal.

Quando é inconsciente, chamada de “pleonasmo vicioso”, empobrece o texto, sendo considerado um vício de linguagem: Irá reler a prova de novo.

Outros: subir para cima; entrar para dentro; monocultura exclusiva; hemorragia de sangue.

19 - Polissíndeto - repetição de conjunções (síndetos).

Ex.: Estudou e casou e trabalhou e trabalhou...

20 - Silepse - concordância com a ideia, não com a forma.

Ex.: Os brasileiros (3ª pessoa) somos (1ª pessoa) massacrados – Pessoa.

Vossa Santidade (fem.) será homenageado (masc.) – Gênero.

Havia muita gente (sing.) na rua, corriam (plur.) desesperadamente – Número.

21 - Sinestesia - mistura das sensações em uma única expressão.

Ex.: Aquele choro amargo e frio me espetava.
Mistura de paladar (amargo) e tato (frio, espetava)

domingo, 26 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: PARTICULARIDADES DE ALGUNS SINAIS DE PONTUAÇÃO: (.) (;) (:) (?) (!) (-)


DICAS DE PORTUGUÊS: PARTICULARIDADES DE ALGUNS SINAIS DE PONTUAÇÃO: (.) (;) (:) (?) (!) (-)


Ponto-final [ . ]:

Caracteriza-se por indicar uma pausa maior no discurso, pautando-se pelas seguintes finalidades:

* Indicar o fim de uma frase declarativa.
Ex: Os convidados demonstravam-se contentes durante todo o evento.

* Representar as abreviaturas.
Exemplos:

bibl. = bibliografia
C.C. = Código Civil
a.C. = antes de Cristo
obs. = observação
Me. = mestre
Rev.mo = Reverendíssimo

Dica importante:

Os símbolos referentes às unidades do sistema métrico decimal e aos elementos químicos não são acompanhados do ponto-final.
Exemplos:

Kg, m, cm, Hg, Au, K, Pb, dentre outros.

Ponto e vírgula [ ; ]:

Representa uma pausa maior que a vírgula e um pouco menor que o ponto-final, sem, contudo, encerrar o período. Sua utilização encontra-se relacionada aos seguintes casos:

* Separar as orações inerentes a um período muito extenso, principalmente se em uma delas já houver a presença da vírgula.

Ex: Dos mais de cem funcionários daquela empresa, apenas uma pequena porcentagem não concordou com as recentes decisões; o restante, todos aderiram às novas ideias.

* Separar orações coordenadas assindéticas que exprimam relações de sentido entre si.

Ex: As queimadas destruíram a vegetação; todos os animais silvestres foram mortos.

* Substituir, de modo facultativo, a vírgula em orações coordenadas sindéticas adversativas.

Ex: Não concordava com as opiniões dos colegas; contudo, respeitava-as.

* Separar orações coordenadas sindéticas conclusivas, sendo que as conjunções se encontram pospostas ao verbo.

Ex: A família era responsável pela garota; precisava, portanto, de protegê-la em todas as circunstâncias.

* Separar itens de uma enumeração e artigos relacionados a decretos, sentenças, petições, dentre outros.

Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
[...]

Constituição Federal de 1988.


Dois-pontos [ : ]:

Tem por finalidade introduzir palavras, expressões ou frases no intento de esclarecer, desenvolver ou explicar melhor uma passagem anteriormente citada. Sua empregabilidade está condicionada às seguintes circunstâncias:

* Indicar uma citação do emissor, de autoria própria ou alheia.

Ex: Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
Carlos Drummond de Andrade

* Indicar uma enumeração.

Ex: Encontravam-se todos presentes: filhos, genros, noras, netos e bisnetos.

* Indicar as falas dos personagens mediante a trancrição do discurso direto.
Ex:

Durante a aula, o aluno perguntou à professora:
- Quando serão entregues os resultados referentes ao bimestre anterior?
Ela respondeu-lhe:
- Em breve.

* Demarcar uma explicação ou sequência.

Ex: Eram muitos os requisitos para o pleito daquela vaga de emprego: possuir um ano de experiência no cargo, ter habilitação e disponibilidade de horário.

Ponto de interrogação [ ? ]:

Utilizado no final das frases interrogativas diretas, indicando também outros sentimentos por parte do emissor, tais como: surpresa, indignação ou revelando uma expectativa diante de um determinado contexto linguístico.

Exemplos:

O quê? Não trouxe a encomenda que lhe pedi?
Por que não compareceu à festa de aniversário?

Ponto de exclamação [ ! ]:

Usado nas seguintes circunstâncias:

* Depois de frases que retratem ordem, indiquem espanto, admiração, surpresa, dentre outros sentimentos.
Exemplos:

Nossa! Não esperava vê-lo aqui.
Tenha confiança! Obterás um ótimo resultado.

* Após interjeições e vocativos.

Ah! Não me venha com este discurso fútil.
Já sei! Foi você, garotinho esperto!

* Diante de frases que exprimam desejo.

Guarda-me Senhor!
Que Deus o abençoe!

Observações importantes:

- Quando o sentido proferido pelo discurso prescindir ao mesmo tempo de interrogação e exclamação, poderão ser utilizados ambos os sinais.

Ex: Eu falar com ele?! Nem pensar.

- Quando se quer enfatizar ainda mais o sentimento ora caracterizado, haverá a possibilidade de repetir o ponto de exclamação.

Ex: Não!!! Já disse que não irei.

Travessão [ - ]:

Atribui-se a este sinal a função de:

* Indicar a fala de um determinado personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos:

- Quando voltarás para cá?
Seu amigo respondeu:
- Não sei, por enquanto prefiro ficar por aqui, pois estou investindo muito na minha vida profissional.

* Enfatizar uma palavra, frase ou expressão.

Ex: Era somente este o objetivo de Carlos – concluir sua graduação e seguir carreira militar.

* Separar orações intercaladas em substituição à virgula ou ao parênteses.

Ex: São Paulo – considerada a maior metrópole brasileira – enfrenta problemas de naturezas distintas.

sexta-feira, 24 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE IV


DICAS DE PORTUGUÊS - O USO DA VÍRGULA - PARTE IV

A vírgula deve ser usada para separar os incisos explicativos, retificativos ou continuativos (por exemplo, ou melhor, isto é, a saber, ou antes, aliás, digo, por assim dizer, além disso…): “O gerente era muito respeitado, ou melhor, muito temido.” “Ele deve, por exemplo, ouvir mais os seus funcionários.”

****** 

A vírgula deve ser usada para separar orações intercaladas: “Só o presidente, creio eu, pode resolver este caso.” “A diretoria, convém lembrar, não se reúne há três meses.”

******

A vírgula deve ser usada para separar termos deslocados: “A sala, acredito que já tenha sido alugada.” (acredito que a sala já tenha sido alugada); “Os inspetores, parece que não chegaram.” (parece que os inspetores não chegaram).

Observações:

a) A vírgula também deve ser usada em caso de PLEONASMO ou ANACOLUTO.

1 – Aos empregados, o nosso sucesso lhes devemos. (Pleonasmo=repetição);

2 – Dinheiro, quem não está precisando disto? (Anacoluto).

*******

A vírgula pode ser usada também para marcar a supressão do verbo: “Tu buscas a terra e eu, os céus.” (busco); “Ele não nos entende nem nós, a ele.” (entendemos).

******

A vírgula deve ser usada para separar o nome da localidade nas datas: ”Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2012.

Fonte: Professor Sergio Nogueira

quinta-feira, 23 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE III


DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VIRGULA - PARTE III

A vírgula DEVE ser usada quando o adjunto adverbial (de tempo, de lugar, de modo…) estiver deslocado: “O técnico analisou o problema no seu último relatório.” (ordem direta – sem vírgula); “No seu último relatório, o técnico analisou o problema.” (adjunto adverbial deslocado); “O técnico, no seu último relatório, analisou o problema.” (adjunto adverbial deslocado).

Observação:

Esta regra não é rígida. A vírgula pode ser omitida, principalmente em frases curtas e com adjuntos pequenos: “Ontem, os representantes visitaram o sindicato.” Ou “Ontem os representantes visitaram o sindicato.”

******

A vírgula deve ser usada quando a oração adjetiva é EXPLICATIVA: “Dr. José Cláudio dos Santos, que é o coordenador do projeto, viajou a São Paulo.” “Nossa empresa, que foi fundada em 1988, já apresenta um alto faturamento.” “A natureza deve ser respeitada pelo homem, que é um ser mortal.” (= todo homem é mortal)

Observações:

a) – O APOSTO EXPLICATIVO também deve ficar entre vírgulas: “O coordenador do projeto, Dr. Paulo Henrique de Assis, viajou a serviço.” (=cargo exclusivo); “Nossa empresa, a maior fabricante de calçados do Brasil, pretende desenvolver outras atividades.”

b) – A vírgula DEVE SER EVITADA quando a oração adjetiva é RESTRITIVA: “Devemos respeitar o homem que trabalha.” (não é todo homem que trabalha); “Não encontrei os documentos que você me enviou.” (aqueles que você me enviou).

Observe a importância da vírgula neste caso: “Os funcionários, que se dedicaram à empresa, devem ser aumentados.” (entre vírgulas – oração EXPLICATIVA = todos se dedicaram e serão aumentados) – “Os funcionários que se dedicaram à empresa devem ser aumentados.” (sem vírgula – oração RESTRITIVA = só os que se dedicaram devem ser aumentados).

******

A vírgula deve ser usada para separar o VOCATIVO (expressão de chamamento): “Deve, Sr. Presidente, confiar nestas ideias.” “Meus caros amigos, não sei se fui claro.”

Observe a importância da vírgula: “Dr. José Carlos vem aqui. (sem vírgula – é uma afirmação) – “Dr. José Carlos, vem aqui.” (com vírgula – é um chamamento)

Observações:

Não devemos separar com vírgula:

a) SUJEITO e VERBO: “Os computadores podem acarretar duas consequências.”

b) VERBO e COMPLEMENTOS: “Os computadores podem acarretar duas consequências.” “Comunicamos aos presentes a chegada do Diretor.”

c) ORAÇÃO PRINCIPAL e ORAÇÃO OBJETIVA: “Ele disse que não viria.” “Não sabemos quando eles voltaram.” “Solicitamos a V.Sa. que permaneça na sala.”

Fonte: Professor Sérgio Nogueira

quarta-feira, 22 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE II


DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE II

A vírgula deve ser usada antes das conjunções ADVERSATIVAS (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto) e CONCLUSIVAS (logo, portanto, por isso, por conseguinte, então): “Ele sempre se dedicou à empresa, porém nunca foi promovido.” “Ele sempre se dedicou à empresa, por isso será promovido.”

Observações:

a) – As conjunções ADVERSATIVAS e CONCLUSIVAS, quando deslocadas, devem ficar entre vírgulas: “Ele sempre se dedicou à empresa, nunca foi, porém, promovido.” “Ele sempre se dedicou à empresa, será, portanto, promovido.”

b) – A conjunção POIS, com o valor CONCLUSIVO, deve ficar entre vírgulas: “Ele sempre se dedicou à empresa, será, pois, promovido.” (= portanto)

c) – A conjunção POIS, com o valor EXPLICATIVO ou CAUSAL, pode ou não vir antecedida de vírgula: “Ele deverá ser promovido, pois se dedica à empresa.” (= porque)

*******

A vírgula PODE ser usada para separar a oração principal da subordinada adverbial (causal, concessiva, condicional, final, temporal…): “Ele foi promovido, porque sempre se dedicou à empresa.”(causal); “Ele foi promovido, embora não se dedicasse muito à empresa.”(concessiva); “Eles só será promovido, caso se dedique mais à empresa.”(condicional); “Ele desenvolveu o projeto, conforme nós orientamos.”(conformativa); “Ele tem se dedicado muito, para que possa ser promovido.”(final); “Ele só assinará o contrato, quando receber toda a documentação.”(temporal).

Observações:

a) – A vírgula DEVE ser usada quando a oração adverbial estiver deslocada: “Embora não se dedicasse à empresa, ele foi promovido.” “Solicitamos, caso seja possível, o seu comparecimento a este setor.” “Conforme nos foi solicitado, estamos enviando todos os documentos.” “Os computadores, quando foram introduzidos na empresa, trouxeram várias consequências.”

b) – A vírgula DEVE ser usada quando a oração reduzida* estiver deslocada:

“Encerrado o prazo, adotamos novas medidas.” (reduzida de particípio); “Os representantes, gritando muito, encerraram a reunião.” (reduzida de gerúndio); “Ao reduzir o déficit, pudemos pensar em desenvolvimento.” (reduzida de infinitivo).

* Oração reduzida não apresenta conectivo e o verbo aparece nas formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Fonte: Professor Sergio Nogueira

terça-feira, 21 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE I


DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE I

A vírgula deve ser usada para separar ENUMERAÇÕES, TERMOS e ORAÇÕES INDEPENDENTES ENTRE SI (núcleos de um sujeito composto, orações coordenadas assindéticas, termos de uma série não ligados pelo conectivo “e”):

1. O diretor, os assessores e os coordenadores se reuniram ontem à tarde.

(núcleos de um sujeito composto);

2. Eles chegaram cedo, discutiram o assunto, resolveram tudo.

(orações coordenadas assindéticas);

3. Necessitamos adquirir canetas, papel, borrachas, lápis.

(enumeração – termos de uma série).

Observe a importância da vírgula neste caso:

- O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária, do diretor e do coordenador. (=Ele foi com três pessoas);

- O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária do diretor e do coordenador. (=Agora ele foi só com duas pessoas – O diretor não foi, e a secretária é a do diretor e não do presidente).

********

A vírgula deve ser evitada antes da conjunção aditiva “e”:

1. O diretor e os assessores se reuniram ontem à tarde.

2. Nesta empresa, os funcionários podem trabalhar e estudar.

Observações:

a) – A vírgula deve ser usada antes da conjunção “e” com valor ADVERSATIVO:

Já são dez horas, e (=mas ) a reunião ainda não terminou.

b) – A vírgula deve ser usada quando o conectivo “e” liga orações com sujeitos diferentes:

Os funcionários reclamavam, e a direção atendeu.

c) – A vírgula pode ser usada quando o conectivo “e” tem valor consecutivo ou enfático:

Os trabalhadores se reuniram, discutiram, e decidiram como agir.

Chegou, e viu, e lutou, e venceu finalmente.

d) – O conectivo “e”, em fim de enumeração, tem o valor de terminalidade:

Foram chamados vários funcionários: João Carlos, Pedro Sousa, Luísa e Cláudio Luís. (=Chamaram só estes quatro);

Foram chamados vários funcionários :João Carlos, Pedro Sousa, Luísa, Cláudio Luís.(=Estes são quatro dos que foram chamados. Pode haver mais)

- Não se usa a vírgula antes do conectivo “ou” (conjunção alternativa):

Não sei se ele trabalha ou estuda.

Fonte: Professor Sergio Nogueira

segunda-feira, 20 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: ERROS GRAMATICAIS FAMOSOS


DICAS DE PORTUGUÊS: ERROS GRAMATICAIS FAMOSOS

As frases a seguir são de propagandas famosas.

Vem pra Caixa você também.

Você quer um desconto? Faz um 21!

Obedeça sua sede.

O primeiro pagamento só daqui 45 dias.

Quem lê, sabe.

Vota Brasil.

Vamos dividir a resposta em três partes:

1ª) Nos dois primeiros exemplos, encontramos o mesmo problema. É um vício de linguagem muito característico do português falado no Brasil. É o chamado duplo tratamento (=mistura de 2a com 3a pessoa).

O pronome “você” vem de “vossa mercê”. Trata-se de um pronome de tratamento. Faz concordância na 3ª pessoa (=você vem, você faz, você fala…), embora se refira ao receptor da mensagem (substitui o pronome “tu” = 2ª pessoa do discurso).

A mistura ocorre na hora de usarmos o verbo no imperativo afirmativo. Enquanto a 2ª pessoa vem do presente do indicativo sem o “s” (=vem tu, faze ou faz tu, fala tu), a 3ª pessoa vem do presente do subjuntivo:

que você venha – venha você;

que você faça – faça você;

que você fale – fale você.

Assim sendo, num texto formal em que se fizesse necessário o uso culto da língua portuguesa, deveríamos dizer:

Venha para Caixa você também;

Você quer um desconto? Faça um 21.


2ª) Nos exemplos 3 e 4, houve a omissão indevida da preposição “a”. O verbo “obedecer” é transitivo indireto. Se você realmente obedece, sempre deverá obedecer “a” alguma coisa. A mesma propaganda diz que “a imagem não é nada”. Pelo visto, para os autores da frase, a preposição também não é. O certo seria “Obedeça a sua sede”. O uso do acento da crase, nesse caso, é facultativo.

No exemplo 4, também está faltando a preposição. Tudo é “daqui a”: “O primeiro pagamento só daqui a 45 dias”.


3ª) Os dois últimos exemplos já foram comentados nesta coluna. Evitando voltar às velhas discussões sobre o assunto, repito apenas a minha opinião.

Em “Quem lê, sabe”, não deveríamos usar a vírgula, pois separa o sujeito do predicado: “Quem lê sabe”; “Quem bebe Grapete repete”.

Em “Vota Brasil”, falta a vírgula. O termo “Brasil” não é o sujeito da oração. É vocativo. A forma verbal (= vota) está no imperativo. Deveríamos escrever: “Vota, Brasil”.

Fonte: Professor Sergio Nogueira

domingo, 19 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: OS SETE PECADOS MORTAIS DA CRASE


DICAS DE PORTUGUÊS: OS SETE PECADOS MORTAIS DA CRASE

É impossível haver crase:

1º) antes de palavra masculina: “Ele está no Rio a serviço”;

2º) antes de artigo indefinido: “Chegamos a uma boa conclusão”;

3º) antes de verbo: “Fomos obrigados a trabalhar”;

4º) antes de expressão de tratamento: “Trouxe uma mensagem a Vossa Majestade”;

5º) antes de pronomes pessoais, indefinidos e demonstrativos: “Nada revelarei a ela, a qualquer pessoa ou a esta pessoa”;

6º) quando o “a” está no singular, e a palavra seguinte está no plural: “Referimo-nos a moças bonitas”;

7º) quando, antes do “a”, existir preposição: “Compareceram perante a Justiça”.

Estamos “a sua disposição” ou “à sua disposição”?

É um caso facultativo. Antes dos pronomes possessivos (minha, tua, sua nossa…), o uso dos artigos definidos é facultativo: “Este é o meu carro” ou “Este é meu carro”; “Aquela é a minha sala” ou “Aquela é minha sala”.

Assim sendo, quando houver a preposição “a” antes de um pronome possessivo feminino singular, restará a dúvida cruel: existe ou não o artigo feminino singular “a” e, consequentemente, a crase? Como o uso do artigo antes do pronome possessivo é facultativo, o uso do acento da crase também o será: “Estamos à sua disposição” ou “Estamos a sua disposição”.

Podemos comprovar tudo isso comparando com a forma masculina: “Estamos ao (= preposição “a” + artigo masculino “o”) seu dispor” ou “Estamos a (= só preposição) seu dispor”.

Fonte: Professor Sergio Nogueira

sábado, 18 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: CRASE

Você sabia que CRASE não é acento? Crase é a fusão de duas vogais iguais, é a contração de dois “aa”. Acento grave (`) é o sinal que indica a crase (a + a = à).

Para haver crase, é necessário que existam dois “aa”. O primeiro a é preposição; o segundo pode ser:

1) artigo definido (a/as):

“Ele se referiu a (preposição) + a (artigo) carta.” = “Ele se referiu à carta.”

“Ele entregou o documento a (preposição) + as (artigo) professoras.” = “Ele entregou o documento às professoras.”

2) pronome demonstrativo (a/as):

“Sua camisa é igual a (preposição) + a (pronome = a camisa) do meu pai.” = “Sua camisa é igual à do meu pai.”

“Ele fez referência a (preposição) + as (pronome = aquelas) que saíram.” = “Ele fez referência às que saíram.”

3) vogal a inicial dos pronomes aquele, aqueles, aquela, aquelas e aquilo:

“Ele se referiu a (preposição) + aquele livro.” = “Ele se referiu àquele livro.”

“Ele fez alusão a (preposição) + aquelas obras.” = “Ele fez alusão àquelas obras.”

“Prefiro isso a (preposição) + aquilo.” = “Prefiro isso àquilo.”

Observação 1: Se o verbo for transitivo direto, não há preposição, por isso não ocorre crase:

“A secretária escreveu (TD) a carta (OD).” (a = artigo definido)

“Ele não encontrou (TD) as professoras (OD).” (as = artigo definido)

“A testemunha acusou (TD) a da direita.” (a = pronome = aquela da direita)

“Não reconheci (TD) as que saíram.” (as = pronome = aquelas que saíram)

“Nós já lemos (TD) aquele livro (OD).”

“Ainda não vi (TD) aquilo (OD).”

Observação 2: Para comprovarmos a crase, o melhor “macete” é substituir o substantivo feminino por um masculino. Comprovamos a crase se o “à” se transformar em “AO”:

“Ele se referiu à carta.” (=ao documento)

“Ele entregou o documento às professoras.” (=aos professores)

“Sua camisa é igual à do meu pai.” (=seu casaco é igual ao do meu pai)

“Ele fez referência às que saíram.” (=aos que saíram)

Observe a diferença:

“A secretária escreveu a carta.” (=o documento)

“Ele não encontrou as professoras.” (=os professores)

“A testemunha acusou a da direita.” (=o da direita)

“Não reconheci as que saíram.” (=os que saíram)

“Ele se referiu a esta carta.” (=a este documento)

“Tráfego proibido a motocicletas.” (=a caminhões)

Este “macete” não se aplica no caso dos pronomes aquele(s), aquela(s) e aquilo.

1. Ele escreve a ou à Jorge Amado?

Depende. Se ele está escrevendo “para Jorge Amado”, não há o acento da crase: “Ele escreve a Jorge Amado.” (=para Jorge Amado)

Se ele escreve “à moda ”, “ao estilo” de Jorge Amado, o uso do acento grave é obrigatório: “Ele escreve à Jorge Amado.” (=ao estilo de Jorge Amado)

Usaremos o acento grave sempre que houver uma destas locuções subentendidas: “à moda de”, “à maneira de” ou “ao estilo de”: “Sapato à Luís XV.”; “Poesia à Manuel Bandeira.”; “Revolução à 1930.”; “Vestir-se à 1800.”; “Filé à francesa.”; “Bife à milanesa.”

Em “Moramos em São Paulo de 1958 a 1960”, não há crase porque não há artigo definido antes de 1960. Em “Elas se vestem à 1960”, há acento grave porque subentendemos “à moda de 1960”.

Se os nossos cardápios fossem bem escritos, em português é claro, teríamos um “festival de crase”: “Viradinho à paulista.” (=à moda de São Paulo); “Tutu à mineira.” (=à moda de Minas); “Camarão à baiana.” (=à moda da Bahia); “Churrasco à gaúcha.” (=à moda gaúcha).

Observe que neste caso o acento grave deve ser usado mesmo antes de palavras masculinas: “Churrasco à Osvaldo Aranha.” (=à moda de Osvaldo Aranha)

1. Vou à ou a minha casa?

Tanto faz. É um caso facultativo. Pode haver crase ou não. A diferença é a presença do pronome possessivo minha antes da casa. Antes de pronomes possessivos é facultativo o uso do artigo; sendo assim, facultativo também será o uso do acento da crase: “Vou a ou à minha casa.”; “Fez referência a ou à tua empresa.”; “Estamos a ou à sua disposição.”

O uso do acento da crase só é facultativo antes de pronomes possessivos femininos no singular (=minha, tua, sua, nossa, vossa).

Se for masculino, não há crase: “Ele veio a ou ao meu apartamento”; “Estamos a ou ao seu dispor.”

Se estiver no plural,

a) haverá crase (preposição a + artigo plural as): “Fez referência às minhas ideias.”; “Fez alusão às suas poesias.”

b) não haverá crase (preposição a, sem artigo definido): “Fez referências a minhas ideias.”; “Fez alusão a suas ideias.”

2. Ele se referiu à ou a Cláudia?

Tanto faz. É outro caso facultativo.

Antes de nomes de pessoas, o uso do artigo definido é facultativo. Portanto, em se tratando de nome de mulher, pode ou não ocorrer a crase.

Quando se trata de pessoas que façam parte do nosso círculo de amizades, com as quais temos uma certa intimidade, usamos artigo definido. Isso significa que devemos usar o acento da crase: “Refiro-me à Cláudia.” (=pessoa amiga)

Quando se trata de pessoas com as quais não temos nenhuma intimidade, não há o acento da crase porque não usamos artigo definido antes de nomes de pessoas desconhecidas ou não amigas: “Refiro-me a Cláudia.” (=pessoa desconhecida ou não amiga)

Antes de nomes próprios de pessoas célebres não se usa artigo definido. Isso significa que não haverá acento da crase: “Ele fez referência a Joana d’Arc.”; “Fizeram alusão a Cleópatra.”

1. Vou à ou a terra?

O certo é: “Vou a terra.” A palavra TERRA, no sentido de “terra firme, chão” (= oposto de bordo), não recebe artigo definido, logo não haverá crase.

Observe o macete: “volto DE terra”.

Ao viajar de avião, podemos observar a ausência do artigo definido antes da palavra TERRA (=terra firme). Quando o avião está aterrissando, uma das comissárias de bordo vai ao microfone e diz: “Para voos de conexão e mais informações, procure o nosso pessoal em terra.” Por que não na terra? Porque é em terra firme, e não no planeta Terra. Em outras palavras, o que ela quer dizer é o seguinte: “Não me chateie a bordo do avião, vá ao balcão da companhia no aeroporto.”

Qualquer outra TERRA, inclusive o planeta Terra, recebe o artigo definido. Portanto, haverá crase:

“Vou à terra dos meus avós.” (=volto DA terra dos meus avós)

“Cheguei à terra natal.” (=volto DA terra natal)

“Ele se referiu à Terra.” (=volto DA Terra / do planeta Terra)

Observe a diferença:

“Depois de tantos dias no mar, chegamos a terra.” (=terra firme)

“Depois de tantos dias no mar, chegamos à terra procurada.”

2. Vou à ou a casa?

O certo é: “Vou a casa.” A sua própria casa não “merece” artigo definido.

Observe: Se “você vem DE casa” ou se “você ficou EM casa”, só pode ser a sua própria casa.

Qualquer outra casa vem antecedida de artigo definido. Isso significa que haverá crase:

“Vou à casa dos meus pais.” (=volto DA casa dos meus pais)

“Vou à casa de Angra.” (=volto DA casa de Angra)

“Vou à casa José Silva.” (=volto DA casa José Silva)

“Vou à casa do vizinho.” (=volto DA casa do vizinho)

“Vou à casa dela.” (=volto DA casa dela)

Não haverá crase somente quando a palavra CASA estiver sem nenhum adjunto:

“Ele ainda não retornou a casa desde aquele dia.”

Fonte: Professor Sergio Nogueira

sexta-feira, 17 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: PRONOMES PESSOAIS - ENTRE EU E VOCÊ OU ENTRE MIM E VOCÊ?




DICAS DE PORTUGUÊS: PRONOMES PESSOAIS

ENTRE EU E VOCÊ OU ENTRE MIM E VOCÊ?

É comum surgir equívocos no uso dos pronomes pessoais, principalmente os do caso oblíquo. Contudo, uma dica importante fará com que não haja mais dúvidas a respeito desse assunto:

De acordo com a norma culta, após as preposições emprega-se a forma oblíqua dos pronomes pessoais. Veja:

1. Isso fica entre eu e ela. (Errado)

1. Isso fica entre mim e ela. (Certo) ou
2. Isso fica entre mim e ti.

Os pronomes do caso oblíquo exercem função de complemento, enquanto os pronomes pessoais do caso reto, de sujeito. Observe:

1. Ela olhou para mim com olhos amorosos (olhou para quem? Complemento: mim.).

2. Por favor, traga minha roupa para eu passar (quem irá praticar a ação de passar? Sujeito: eu.).

Vejamos a pergunta que dá título ao texto: Entre eu e você ou entre mim e você? Depois da explicação acima, constatamos que existe uma preposição: entre. Então, o correto é “Entre mim e você”, pois após a preposição usa-se pronome pessoal do caso oblíquo.

Da mesma forma será com as demais preposições: para mim e você, para mim e ti, sobre mim e ele, entre mim e ela, contra mim, por mim, etc. Veja:

a) Ele trouxe bolo para mim e para ti.
b) Ninguém está contra mim.
c) Você pode fazer isso por mim?
d) Sobre mim e você há uma nuvem de muitas bênçãos.

Agora, observe:

Preciso dos ingredientes para mim fazer o bolo. (Errado)

Existe a preposição “para”, no entanto, o pronome “mim” está exercendo o papel de sujeito da segunda oração: para mim fazer o bolo. Logo, o emprego do pronome oblíquo está equivocado. O certo seria:

Preciso dos ingredientes para eu fazer o bolo. (Certo)

Fonte: Sabrina Vilarinho

quinta-feira, 16 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: CONCORDÂNCIA COM O VERBO SER


DICA DE CONCORDÂNCIA: Verbo SER
a) Quando não há sujeito (=referindo-se a tempo ou a espaço), deve concordar com a palavra seguinte: “É uma hora da tarde.” “SÃO duas horas da tarde.” “SÃO treze horas.” “DEVE SER meio-dia e meia.” “PODERIAM SER doze horas e trinta minutos.” “ERAM dez para as três.” “SÃO treze quilômetros até o centro da cidade.”
Quanto aos dias do mês, para evitar a velha polêmica “hoje é ou são oito de julho”, sugerimos: “Hoje É dia oito de julho.” “Amanhã SERÁ dia nove.”
b) Se o sujeito estiver no singular e o predicativo no plural (ou vice-versa), a concordância se faz de preferência no PLURAL: “Tudo SÃO hipóteses.” “O problema ERAM as chuvas.” “O resultado da pesquisa FORAM números assustadores.” “Esses dados SÃO parte de um relatório elaborado pela comissão especial do Senado.” “As cadernetas de poupança ERAM a melhor garantia para o futuro.” “Estas providências  FORAM a salvação da empresa.”
c) Se o sujeito for nome de pessoa ou pronome pessoal, o verbo deve concordar com o SUJEITO: “Beto ERA as esperanças do time.” “Fernando Pessoa É muitos poetas ao mesmo tempo.” “EuSOU o responsável.” “Ele é forte, mas não É dois.”
d) Se o predicativo for nome de pessoa ou pronome pessoal, o verbo concorda com o PREDICATIVO: “As esperanças do time ERA o Beto.” “O responsável SOU eu.” “Os escolhidos FOMOS nós.”
e) Se houver dois pronomes pessoais, o verbo SER concorda com o primeiro: “Eu não SOU você.” “Ele não É eu.” “Nós não SOMOS vocês.”
f) Nas frases interrogativas, o verbo SER concorda com o predicativo: “Quem SÃO os convocados?” “Quem FORAM os responsáveis?” “Que SÃO seis meses?”
g) Quando o sujeito for o pronome relativo que, o verbo fica no SINGULAR: “Eu moro neste edifício, que em breve SERÁ só escombros.” “Esta empresa, que hoje É só demissões, já foi líder de mercado.”
h) Se o predicativo for o pronome demonstrativo oo verbo SER fica no SINGULAR: “Inimigos Éo que não lhe falta.” “Eleições diretas É o que o povo queria.”
i) Antes de muito, pouco, bastante, demais…(=indicação de preço, quantidade, medida, porção ou equivalente), o verbo SER fica no SINGULAR: “Mil dólares É MUITO por este trabalho.” “Dez quilômetros É DEMAIS para mim.” “Duas lutas SERÁ POUCO para ele ganhar experiência.”

Fonte: Professor Sergio Nogueira

quarta-feira, 15 de maio de 2013

OPINIÃO DO LIVRO: "AGORA É VIVER"


Algumas pessoas tendem virar a cara para a realidade. Para depoimentos de pessoas comuns, seres humanos como eu, como você que podem sim passar por um problema que muitas vezes se torna para familias tabú, uma coisa vergonhosa e algo que vai se guardar entre quatro paredes. Ou não. E então se aparece no "Fantástico" pode ser que alguns vejam, alguns se identifiquem, alguns se comovam e outros achem que é mais um caso simplesmente. 

"Agora é viver" trata justamente disso. A história real de uma família rica, tradicional que tinha tudo para dar certo na vida, para não ter problemas, mas nem sempre é isso que acontece.

Num gesto de pura coragem, a menina, hoje uma mulher, Isabella Lemos de Moraes, que viveu isso na pele literalmente com seus irmãos, avós, mãe e viu sua famíia ir ruindo ao longo dos anos pelo vício com drogas do patriarca da família relata os anos de angústia, luta, decepções, ações, erros, tentativas de salvar seu pai e sua família que como ela mesma disse fica codependente desse inferno que são as drogas.

Aqui não existe um personagem ficcional. Não existe uma cidade criada a partir de uma mente criativa. O que há são pessoas normais, que podem ter cruzado o seu caminho em algum momento nesse vai e vem, nesse "intercâmbio" EUA x Brasil.

No relato de Isabella não existem flores. Existe uma dura realidade que pode pegar qualquer família no contrapé. Mosta a luta permanente entre idas e vindas de clínicas, casas, país. Mostra uma jovem que no fundo sempre acreditou e quem assumiu as rédeas em salvar toda uma família.

Isabella deve sim se orgulhar da coragem, por acreditar e mostrar que união, força podem fazer a diferença mesmo que em alguns momentos se pense em abandonar tudo. É o exemplo de quando uma filha se torna pai e mãe ao mesmo tempo de toda uma família na luta e no comabte contra as drogas. 


Classificação:  ☻☻☻☻☻
  
☻ Péssimo ☻☻ Ruim ☻☻☻ Bom ☻☻☻☻ Muito Bom ☻☻☻☻☻ Ótimo  


AGORA É VIVER - ISABELLA LEMOS DE MORAES - EDITORA ROCCO - 239 páginas

OPINIÃO DO LIVRO: "FIQUE COMIGO"





Harlan Coben é fantástico. E isso é confirmado quando ele surge com um novo livro e um novo protagonista. Em muitos casos isso seria um momento de tensão. E se eu não gostar dele? Mas com Coben isso não acontece. 

Em "Fique Comigo", o detetive Broome é a bola da vez. E eis que a tal química aconteceu. Aquela coisa que os leitores bem sabem. Uma empatia desde as primeiras linhas. E isso faz toda a diferença. 

Se bem que no caso de Coben nada é novidade. Seria se não tivesse acontecido. Ai sím seria preocupante. 

A história é sensacional. Megan, Broome e Ray. Personagens e três histórias que se encaixam como um perfeito quebra cabeças numa espécie de teia de aranha. Histórias aparentemente distintas mas que guardam um padrão. Histórias que se entrelaçam de forma sutil e sem exageros. E isso vai envolvendo cada vez mais o leitor numa trama fabulosa que vai despertar anitgos fantasmas, questões não resolvidas e conforntar os envolvidos num mundo que parecia ter ficado para trás. 

É livro para começar a ler e não parar. 

Classificação:  ☻☻☻☻☻
  
☻ Péssimo ☻☻ Ruim ☻☻☻ Bom ☻☻☻☻ Muito Bom ☻☻☻☻☻ Ótimo  


FIQUE COMIGO - HARLAN COBEN - EDITORA ARQUEIRO - 285 páginas

OPINIÃO DO LIVRO: "NOITE DE TEMPESTADE"



Ainda não foi dessa vez que o autor, John Sandford e seu protagonista, o investigador do Departamento de Detenção Criminal de Minnesota, Virgil Flowers - que nomezinho também - me conquistaram. 

Não aconteceu ainda aquele "click", aquela química que o leitor sempre espera. Poderia acontecer ao longo da história, mas não, não em "Noite de Tempestade".

Às vezes o protagonista se transforma, mostra carisma, se liga em você de alguma forma, mas não foi o caso. Infelizmente.

A história é até um pouco esquisita, um assassinato em que a vítima foi deixada com um limão na boca em um memorial de veteranos de guerra. Num primeiro momento parece um ato de um serial killer, mas logo o investigador descobre que pelotões vietnamitas usavam essa técnica do limão. A partir daí a história se desenvolve e vira uma trama internacional. São muitos personagens que podem atrapalhar um pouco o leitor em fazer as conexões. 

Classificação:  ☻☻☻☺☺
  
☻ Péssimo ☻☻ Ruim ☻☻☻ Bom ☻☻☻☻ Muito Bom ☻☻☻☻☻ Ótimo  


NOITE DE TEMPESTADE - JOHN SANDFORD - EDITORA ARQUEIRO - 264 páginas

OPINIÃO DO LIVRO: "RETRATO DE UMA ESPIÃ"



Daniel Silva, o autor, traz mais uma história com o agente Gabriel Allon. Devo confessar que nesse meu primeiro contato com o autor e o protagonista ainda não houve aquela química 100%. Já havia tentado ler "A Infiltada" publicado pela editora Amarilys, mas assim que travei, deixei o livro para outro momento, ainda não desisti. E também ainda não li "O Caso Rembrandt" esse sim da Arqueiro ambos histórias de Gabriel Allon.

Em "Retrato de uma espiã" a história é interessante, e começa quando Gabriel, aposentado do serviço secreto israelense, o restaurador de obras de arte, quando em Londres detecta um suspeito que vem a ser um homem-bomba. Quando esta prestes a evitar o atentado é detido pela policia britânica e acaba envolvido e convidado a comandar um esquema contra a guerra santa muçulmana. 

Os ingredientes portanto são todos favoráveis, mas faltou ainda alguma coisa talvez muito sutil para fazer com que houvesse aquela identificação com o protagonista. Às vezes acontece desse tal encontro acontecer num segundo livro. Ainda vou saber responder essa pergunta.

Mas como disse, a trama é boa, as questões envolvidas são interessantes passando por pontos interssantes de como o fanatismo é financiado, quem está por trás, como a coisa é feita, quais instituições estão envolvidas, o que importa e aonde se quer chegar.

Classificação:  ☻☻☻☻☺
  
☻ Péssimo ☻☻ Ruim ☻☻☻ Bom ☻☻☻☻ Muito Bom ☻☻☻☻☻ Ótimo  


RETRATO DE UMA ESPIÃ - DANIEL SILVA - EDITORA ARQUEIRO - 301 páginas

OPINIÃO DO LIVRO: "SOU UM DESASTRE COM AS MULHERES"



O livro "Sou um desastre com as mulheres" é muito divertido. 

Em várias passagens do livro me vi gargalhar e por acaso foram em público. Faz parte. 

Justin Halpern agora nos brinda com suas experiências da juventude com as mulhres. Começando pela infância, passando pela adolescência até a vida adutla, chegando a grande questão: o casamento. E não tem como não nos indentificarmos em algumas passagens, tipo eu também fui assim, eu também me senti assim. E paralelo a isso tem ainda as hilárias tiradas de seu pai ( que originou o primeiro livro "Meu pai fala cada uma" também da Sextante).

Se fosse um livro de ficção seria bom, mas sendo este uma biografia ele ganha um quê a mais. É tipo isso realmente existe e pode ter acontecido assim mesmo. Nada é exagerado. Nada é impossível. Nada é inventado. 

É a vida como ela é olhando-se pelo lado bom e divertido da vida. 

Leitura light, agradável e divertidíssima. 

Classificação:  ☻☻☻☻☺
  
☻ Péssimo ☻☻ Ruim ☻☻☻ Bom ☻☻☻☻ Muito Bom ☻☻☻☻☻ Ótimo  


SOU UM DESASTRE COM AS MULHERES - JUSTIN HALPERN - EDITORA SEXTANTE - 171 páginas

terça-feira, 14 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: EXPRESSÕES

EXPRESSÕES

"Pernas, pra que vos quero?"

Há uma expressão que provoca calafrios e é usada justamente em situações em que se está apavorado com algo: "Eu,heim?!! Pernas pra que te quero!".

O "Nossa língua portuguesa" foi às ruas e propôs as seguintes frases aos passantes, pedindo-lhes que dissessem qual consideravam correta:

Pernas, pra que te quero?

Pernas, pra que vos quero?

Observem: "pernas" é plural e "te" é singular. Logo, essas palavras, sendo de número diverso, não combinam.

A expressão correta é, portanto, "pernas, pra que vos
quero?".

GROSSO MODO

Outra expressão, também muito usada, é "grosso modo". Normalmente as pessoas dizem "a grosso modo". Mas a expressão é latina e deve ser dita na forma original, "grosso modo", que significa "de modo grosseiro, impreciso.

Fonte: Professor Pasquale

segunda-feira, 13 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: QUEM É "VOCÊ": SEGUNDA OU TERCEIRA PESSOA?

QUEM É "VOCÊ": SEGUNDA OU TERCEIRA PESSOA?

O pronome "você" pertence à segunda pessoa ou pertence à terceira pessoa do singular? 

Veja o exemplo que temos neste trecho da canção "Ana Júlia", de Marcelo Camelo e gravada por Los Hermanos:

Quem TE vê passar assim por mim
não sabe o que é sofrer
ter que ver VOCÊ assim
sempre tão linda
contemplar o sol do TEU olhar
perder VOCÊ no ar
na certeza de um amor
me achar um nada.

É bom lembrar a origem da palavra "você": Vossa Mercê > Vossemecê > Vosmecê > você

De início o pronome de respeito "Vossa Mercê" era um pronome de formalidade, mas acabou se tornando, no Brasil, pronome de intimidade, que se usa entre iguais.

Em Portugal a situação é diferente:

"você" é ou pronome de respeito, ou um pronome relativamente neutro. "Você" conjuga verbo na terceira pessoa:


Você é
você pode
você diz

Em se tratando de língua padrão, os pronomes associados devem ser da terceira pessoa: "seu", "o", "a", "lhe" etc.

Ocorre que, na estrutura do discurso, "você" é a pessoa a quem se fala e, portanto, da segunda pessoa.

Para que não fique nenhuma dúvida: na estrutura do discurso, "você" é da segunda pessoa, é o interlocutor; por outro lado, "você", como os demais pronomes de tratamento (senhor, vossa senhoria etc.), pede o verbo conjugado na terceira pessoa, e não na segunda pessoa.

Fonte: Professor Pasquale

domingo, 12 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: APOSTO x VOCATIVO

APOSTO X VOCATIVO

Aposto

Primeiramente, vejamos o que é aposto. Observe a frase a seguir:

Manoel, português casado com minha prima, é um ótimo engenheiro.

Veja que o trecho “português casado com minha prima” está explicando quem é o sujeito da oração “Manoel”. Esse trecho é o aposto da oração.

Observe a próxima:

Foram eles, os meninos, que jogaram a bola no seu quintal ontem.

Mais uma vez temos um trecho (aposto) “os meninos” explicando um termo anterior: Foram eles... Eles quem? Os meninos.

Podemos concluir que o aposto é uma palavra ou expressão que explica ou que se relaciona com um termo anterior com a finalidade de esclarecer, explicar ou detalhar melhor esse termo.

Há alguns tipos de apostos:

• Explicativo: usado para explicar o termo anterior: Gregório de Matos, autor do movimento barroco, é considerado o primeiro poeta brasileiro.

• Especificador: individualiza, coloca à parte um substantivo de sentido genérico: Cláudio Manuel da Costa nasceu nas proximidades de Mariana, situada no estado de Minas Gerais.

• Enumerador: sequência de termos usados para desenvolver ou especificar um termo anterior: O aluno dever ir à escola munido de todo material escolar: borracha, lápis, caderno, cola, tesoura, apontador e régua.

• Resumidor: resume termos anteriores: Funcionários da limpeza, auxiliares, coordenadores, professores, todos devem comparecer à reunião.

Vocativo

Observe as orações:

1. Amigos, vamos ao cinema hoje?
2. Lindos, nada de bagunça no refeitório!

Os termos “amigos” e “lindos” são vocativos, usados para se dirigir a quem escuta de formas ou intenções diferentes, como nos períodos anteriores: a utilização de um substantivo na primeira frase e de um adjetivo na segunda. Podemos concluir que:

Vocativo: é a palavra, termo, expressão utilizada pelo falante para se dirigir ao interlocutor por meio do próprio nome, de um substantivo, adjetivo (característica) ou apelido.

Fonte: Sabrina Vilarinho (Equipe Brasil Escola)

sábado, 11 de maio de 2013

DICAS DE PORTUGUÊS: QUANDO USAR Ç, S, SS, Z E X

SAIBA QUANDO USAR Ç, S, SS, Z E X!

Grupo 01

a) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TO:

intento = intenção
canto = canção
exceto = exceção
junto = junção
b) Usa-se ç em palavras terminadas em TENÇÃO referentes a verbos derivados de TER:

deter = detenção
reter = retenção
conter = contenção
manter = manutenção
c) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TOR:

infrator = infração
trator = tração
redator = redação
setor = seção
d) Usa-se ç em palavras derivadas de vocábulos terminados em TIVO:

introspectivo = introspecção
relativo = relação
ativo = ação
intuitivo – intuição
e) Usa-se ç em palavras derivadas de verbos dos quais se retira a desinência R:

reeducar = reeducação
importar = importação
repartir = repartição
fundir = fundição
f) Usa-se ç após ditongo quando houver som de s:

eleição
traição

Grupo 02

a) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em NDER ou NDIR:

pretender = pretensão, pretensa, pretensioso
defender = defesa, defensivo
compreender = compreensão, compreensivo
repreender = repreensão
expandir = expansão
fundir = fusão
confundir = confusão

b) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em ERTER ou ERTIR:

inverter = inversão
converter = conversão
perverter = perversão
divertir = diversão c) Usa-se s após ditongo quando houver som de z:
Creusa
coisa
maisena

d) Usa-se s em palavras terminadas em ISA, substantivos femininos:

Luísa
Heloísa
Poetisa
Profetisa
Obs: Juíza escreve-se com z, por ser o feminino de juiz, que também se escreve com z.

e) Usa-se s em palavras derivadas de verbos terminados em CORRER ou PELIR:

concorrer = concurso
discorrer = discurso
expelir = expulso, expulsão
compelir = compulsório

f) Usa-se s na conjugação dos verbos PÔR, QUERER, USAR:

ele pôs
ele quis
ele usou

g) Usa-se s em palavras terminadas em ASE, ESE, ISE, OSE:

frase
tese
crise
osmose
Exceções: deslize e gaze.

h) Usa-se s em palavras terminadas em OSO, OSA:

horrorosa
gostoso
Exceção: gozo

Grupo 03

a) Usa-se o sufixo indicador de diminutivo INHO com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:

Teresa = Teresinha
Casa = casinha
Mulher = mulherzinha
Pão = pãozinho

b) Os verbos terminados em ISAR serão escritos com s quando esta letra fizer parte do radical da palavra de origem; os terminados em IZAR serão escritos com z quando a palavra de origem não tiver o radical terminado em s:

improviso = improvisar

análise = analisar

pesquisa = pesquisar

terror = aterrorizar

útil = utilizar

economia = economizar

c) As palavras terminadas em ÊS e ESA serão escritas com s quando indicarem nacionalidade, títulos ou nomes próprios; as terminadas em EZ e EZA serão escritas com z quando forem substantivos abstratos provindos de adjetivos, ou seja, quando indicarem qualidade:

Teresa

Camponês

Inglês

Embriaguez

Limpeza

Grupo 04

a) Os verbos terminados em CEDER terão palavras derivadas escritas com CESS:

exceder = excesso, excessivo

conceder = concessão

proceder = processo

b) Os verbos terminados em PRIMIR terão palavras derivadas escritas com PRESS:

imprimir = impressão

deprimir = depressão

comprimir = compressa

c) Os verbos terminados em GREDIR terão palavras derivadas escritas com GRESS:

progredir = progresso

agredir = agressor, agressão, agressivo

transgredir = transgressão, transgressor

d) Os verbos terminados em METER terão palavras derivadas escritas com MISS ou MESS:

comprometer = compromisso

prometer = promessa

intrometer = intromissão

remeter = remessa

Grupo 05

a) Escreve-se com j a conjugação dos verbos terminados em JAR:

Viajar = espero que eles viajem

Encorajar = para que eles se encorajem

Enferrujar = que não se enferrujem as portas

b) Escrevem-se com j as palavras derivadas de vocábulos terminados em JA:

loja = lojista

canja = canjica

sarja = sarjeta

gorja = gorjeta

c) Escrevem com j as palavras de origem tupi-guarani.

Jiló

Jibóia

Jirau

Grupo 06

a) Escrevem-se com g as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO, ÚGIO:

pedágio

sacrilégio

prestígio

relógio

refúgio

b) Escrevem-se com g os substantivos terminados em GEM:

a viagem

a coragem

a ferrugem

Exceções: pajem, lambujemc) Palavras iniciadas por ME serão escritas com x:

Mexerica

México

Mexilhão

Mexer

Exceção: mecha de cabelos) As palavras iniciadas por EN serão escritas com x, a não ser que provenham de vocábulos iniciados por ch:

Enxada

Enxerto

Enxurrada

Encher – provém de cheio

Enchumaçar – provém de chumaçoe) Usa-s x após ditongo:

ameixa

caixa

peixe

Exceções: recauchutar, guache

Fonte: Mundo vestibular