terça-feira, 8 de outubro de 2013

OPINIÃO DO LIVRO: "LENNY CYRUS, O SUPERVÍRUS"


Confesso: Quando leio em alguns casos viro criança novamente. Com "Lenny Cyrus, o supervirus" foi exatamente o que aconteceu. Aparentemente pode parecer aos altinhos - e eu nem sou tão alto assim - um livro bobo, feito para jovens, já que é um infantojuvenil. Não se deixe enganar. Não deixe de ler. Você vai se surpreender. 

Eu viajei junto com Lenny Cyrus. E digo que me diverti muito. Gargalhei, chorei - não lembro dessa parte -, mas sim, eu choro lendo. 

Tem diálogos divertidíssimos. E a maneira encontrada por Joe Schreiber de contar essa incrível aventura que já vi em outros livros, deu mais do que certo. Deu certíssimo. Os capítulos se alternam entre os personagens. Ou seja, cada capítulo "a voz" vai alternando conforme as coisas vão acontecendo. É como se cada personagem ganhasse vida e contasse a sua versão da história e dos fatos.

É uma leitura gostosa. E uma verdadeira aula de biologia. Algumas passagens até me fizeram lembrar de um "Globo Repórter" sobre o corpo humano na voz de Sergio Chapelin. Na verdade o livro foi inspirado nos filmes "Viagem Insólita" e "Querida, encolhi as crianças". 

Lenny é filho de dois vencedores do Prêmio Nobel e possui um QI fora do comum. Porém, Lenny é um nerd com nenhum status social na escola e que nutre uma paixão por Zooey não correspondida, é claro. Mesmo tendo seu fiel amigo, Harlan, totalmente contrário a ideia louca de Lenny, ele segue com ela adiante. Então, ele resolve que vai se reduzir, entrar no corpo da sua amada e reprogramar o cérebro dela para que ela se apaixone por ele. 

Entre veias braquiocefálicas, líquido cefaloraquidiano, artérias, nódulos linfáticos, artéria ovariana e conversas do Lenny com moléculas, células, e outros vírus que nos habitam dentro de nosso corpo, como com seu mais novo amigo, Astro, seguimos com Lenny por sua viagem de encontro ao cérebro de Zooey.

Mas quem disse que a vida dele seria fácil por lá? Fora que é uma corrida contra o tempo, até ele voltar ao tamanho normal. 

Dizem que a paixão é cega, e Lenny prova isso. Ele não mediu consequências. Mutas das coias ele não previu. Mas ele seguiu com seu plano e sua viagem insólita dentro do corpo de Zooey.

O livro também trás todas aquelas questões da idade, ciúmes, país que parecem não enxergar você como você é, país que não prestam atenção no seu crescimento, nas suas dúvidas, anseios, medos. De certa forma trás também A questão de como é ser um nerd e como ele (não) se adapta ao ambiente escolar na visão dos oturos "normais" e valentões da escola. 

Eu sinceramente me apaixonei pelo livro. Dá vontade que a aventura não acabe. E torço para que Lenny, Zooey e Harlan possam voltar de alguma forma.

Leitura, tipo SUPERINDICO. 

Classificação:  ☻☻☻☻☻
  
☻ Péssimo ☻☻ Ruim ☻☻☻ Bom ☻☻☻☻ Muito Bom ☻☻☻☻☻ Ótimo  

LENNY CYRUS, O SUPERVÍRUS - JOE SCHREIBER - GLOBO LIVROS - 271 páginas

OPINIÃO DO LIVRO: "UMA QUESTÃO DE SEGUNDOS"



Para você perocorrer os 49 capítulos e as 222 páginas de "Uma Questão de Segundos" em uma quase questão de segundos basta você começar com "Há momentos que mudam..." que é a primeira frase do primeiro capítullo desse fantástico livro do mestre Coben. É difícil parar de ler. 

Coben que criou Myron Bolitar e seu inseparável Win que dão o toque especial a essa série, sem claro, esquecer de Esperanza Diaz, resolveu expandir mais ainda Myron criando uma outra série com seu sobrinho, Mickey Bolitar.

No primeiro livro, "Refúgio", os personagem Win e Esperanza ainda dão o ar da graça, mas nesse segundo livro, "Uma questão de segundos" a história envolve tio e sobrinho. Sem falar nos novos personagens Ema e Colherada que são bem carismáticos também. 

Acho incrível a facilidade de Coben nos entreter e prender em suas histórias. Os capítulos curtos ajudam muito a dar esse dinamismo na trama. 

Nessa série existe um mistério relacionado ao Abrigo Abeona - uma organização que resgata crianças e jovens e que envolve Mickey e sua família. E ele, Mickey acaba bancando o detetive, o que acaba envolvendo seu tio que sai para salvá-lo e ajudá-lo. 

O mistério criado por Coben ganha nesse segundo livro mais ingredientes que tornam a trama mais incrível ainda. 

Mickey é filho do irmão de Myron, Brad, que (aparentemente) morreu em um acidente de carro e que sofre com a internação da mãe numa clínica de reabilitação. Mickey e Myron tem o basquete como ponto de aproximação, uma vez que Myron era um promissor jogador e que sofreu uma lesão que o afastou das quadras. 

Mickey que pelas circunstâncias acaba sendo obrigado a morar com o tio, começa a ser vigiado por essa organização (Abrigo Abeona) e a partir daí começa a sua prórpria investigação. É aí que ele descobre a dona Morcega, uma vizinha misteriosa, que mostra a foto de um nazista cruel que persegiu sua família, mas que vem a ser o paramédico que anunciou a morte de seu pai. Mistério criado.

É aí que as confusões, perseguições, ameaças e mortes começam. A trama ganha fôlego e você um maravihoso thriller com a assinatura de Harlan Coben.


Classificação:  ☻☻☻☻☻
  
☻ Péssimo ☻☻ Ruim ☻☻☻ Bom ☻☻☻☻ Muito Bom ☻☻☻☻☻ Ótimo  

UMA QUESTÃO DE SEGUNDOS - HARLAN COBEN - EDITORA ARQUEIRO - 222 páginas

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

OPINIÃO DO LIVRO: "VISÃO MORTAL"



Cá estou eu novamente com essa difícil tarefa. Escrever uma resenha para o 19º livro da série mortal. Ou melhor da incrível série mortal. 

J.D Robb - eu sou muito suspeito dizendo isso - vai mais uma vez construíndo uma trama fantástica.

Eve Dallas, Peabody, Roarke, fichas de crédito, tubo secador de corpo, mendingos que tem licença para pedir esmolas - Será que um dia vamos chegar a isso? - tele-links e uma vidente. Sim uma vidente.

Ela é o elo da história. Assassinatos e uma vidente. E claro, uma policial obstinada na procura do assassino que se rende e aceita a ajuda da tal vidente. E claro do seu marido, Roarke que em todos os seus casos acaba envolvido de alguma maneira uma vez que ele é dono de quase todo o mundo. Digamos uma espécie de Eike Batista - na sua época farta - ao cubo.

Peabody que agora é detetive ganhou mais espaço para mostrar seus dotes e talentos da época em que era apenas uma policial sem muita liberdade. 

O timing do livro é ótimo. E nesse livro J.D Roob mostrou que sabe emocionar, tanto que me vi chorando em algumas boas partes do livro. 

Não lembro de ter descoberto o assassino dos outros dezoito livros da série, lembro que desconfiava de um, de outro, mas em "Visão Mortal" tenho certeza que você vai se surpreender com o desfecho da trama. 

Leitura mais do que recomendada.

EU INDICO!

Classificação:  ☻☻☻☻☻
  
☻ Péssimo ☻☻ Ruim ☻☻☻ Bom ☻☻☻☻ Muito Bom ☻☻☻☻☻ Ótimo  

VISÃO MORTAL - J.D. ROBB - EDITORA BERTRAND- 461 páginas