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quinta-feira, 31 de julho de 2014
DICAS DE PORTUGUÊS: EM CIMA x ENCIMA
EM CIMA x ENCIMA
O livro está em cima da mesa.
O livro está encima da mesa.
Apenas a primeira frase está correta. A segunda frase está errada.
Uma estrela encima a árvore de Natal
Uma estrela em cima a árvore de Natal
Apenas a primeira frase está correta. A segunda frase está errada.
Em cima, escrito de forma separada, transmite a ideia de que algo está em um lugar mais alto de que outro, ou seja, numa posição mais elevada.
Exemplos:
A chave está em cima da mesa.
Olhando de baixo, tudo parece assustador lá em cima.
Atenção!
O contrário de em cima é embaixo.
Encima, escrito de forma junta, é a forma do verbo encimar conjugado na 3.ª pessoa do singular do presente do indicativo ou na 2.ª pessoa do singular do imperativo. Encimar se refere ao ato de colocar ou se situar em cima ou no alto, bem como ao ato de coroar.
Exemplos:
Um chapéu verde encima a cabeça daquela senhora.
Uma flor encima o monte.
quinta-feira, 26 de junho de 2014
DICAS DE PORTUGUÊS: PALAVRAS QUE MUDARAM DE SENTIDO
DICAS DE PORTUGUÊS: PALAVRAS QUE MUDARAM DE SENTIDO
A etimologia estuda a evolução das palavras não só na sua forma, como também no seu sentido. Não são raros os vocábulos que com o tempo sofreram alteração de significado.
Almofadinha
Além do diminutivo de almofada, a palavra passou a designar pejorativamente o homem que se veste com muito requinte. Esse novo sentido surgiu em 1919, quando alguns rapazes elegantes e delicados realizaram, em Petrópolis, cidade do Rio de Janeiro, um concurso beneficente para premiar o jovem que bordasse e pintasse a mais bela almofada.
Aquário e piscina
Aquário veio do latim aquarium (tanque, reservatório de água, bebedouro para o gado), formado de aqua (água). Piscina veio do latim piscina (viveiro para peixes), formado de piscis (peixe) — daí pisciano, quem nasce sob o signo de Peixes. No português, as duas palavras acabaram ficando com os sentidos trocados: hoje aquário é um viveiro de peixes e piscina (que já significou popularmente “reservatório de água para a criação de peixes”) é um reservatório de água.
Armário
Você já deve ter questionado se armário não deveria ser um lugar para guardar armas. Pois já foi, faz muito tempo. A palavra veio do latim armarium, com esse sentido: lugar onde se guardam armas. Mas ainda no latim a palavra teve seu sentido ampliado para guarda-louça, cofre, biblioteca e caixão.
Atualmente, em português, é um móvel para guardar objetos variados.
Autópsia
Veio do grego autopsía: auto (de si mesmo) + opsis (exame). No início, a palavra tinha esse sentido de exame de si mesmo. Depois ganhou popularmente o significado indevido de exame médico de um cadáver e assim ficou em diversos idiomas. A palavra correta para designar o exame de um cadáver é necropsia, palavra que veio do grego necro (morte) + opsis (exame).
Barbeiro
O nome do profissional veio de barba + a terminação designativa de profissão -eiro (como em padeiro, costureiro). No Brasil e em Portugal, até as primeiras décadas do século XIX, os barbeiros também praticavam odontologia e medicina. Chegavam até a fazer pequenas cirurgias. Não é difícil imaginar o resultado desastroso produzido por um barbeiro tirando um dente ou fazendo uma punção. E, assim, também não foi difícil a palavra barbeiro ganhar o sentido de “indivíduo que não é hábil na sua profissão”. Daí se formou barbeiragem como sinônimo de incompetência. Com relação ao barbeiro, o inseto, seu nome popular veio do fato de ele chupar o sangue da sua vítima quase sempre no rosto, enquanto ela dorme. O barbeiro, na verdade, não tem nenhuma predileção por rostos. É que, quando dormirmos, essa parte do corpo se acha sempre descoberta e à mercê do maldito.
Brigadeiro
A palavra veio de brigada com a terminação -eiro. O docinho apareceu logo depois da Segunda Guerra Mundial, quando era grande o racionamento de açúcar, leite e ovos no Brasil. Uma dona de casa, muito prendada na cozinha, resolveu fazer um doce sem esses ingredientes e misturou leite condensado com chocolate. Ela mesma batizou a delícia com o nome de brigadeiro, em homenagem a um homem que admirava: o brigadeiro Eduardo Gomes, candidato à Presidência da República nas eleições de 1945 (acabou vencido por um general, Eurico Dutra). Infelizmente, desconhece-se a identidade da extraordinária inventora. Ganha um doce quem desvendar o mistério.
Emboscada
Veio do italiano imboscata, derivado de imboscare (daí o português emboscar), que significava originariamente esconder animais ou pessoas num bosque e foi formado de bosco, bosque. Quem faz uma emboscada esconde-se para atacar de surpresa. Em português, emboscado também tem o sentido de “escondido no bosque”.
Escapar
Originalmente a palavra significava “livrar-se da capa”, deixando-a nas mãos do perseguidor. A palavra veio do latim vulgar excappare, formado do prefixo ex- (movimento para fora, separação — como em exportar) + cappa (capa) + -are.
Expresso
Veio do latim expressu, espremido, comprimido. Já o café expresso veio do italiano caffè espresso. Tem esse nome não por ser feito rapidamente, mas sim porque resulta da compressão de vapor ou água fervente através de minúsculos grãos de café. A palavra expresso aplicada a meios de transporte (trens, ônibus...) se originou do inglês express.
Lanterna
Veio do latim lanterna, archote, lampião. Foi na França que a palavra ganhou o sentido de “último colocado numa competição”. A mais importante corrida de ciclistas no mundo, desde 1903, é a Volta da França, que dura 22 dias e tem um percurso de aproximadamente 3.400km, passando por várias cidades. O último colocado nessa competição passou a ser chamado de lanterne rouge, em associação com as luzes vermelhas que aparecem como sinal de alerta no último vagão das composições ferroviárias. A expressão foi parar em Portugal traduzida para “lanterna vermelha”. No Brasil se reduziu simplesmente a lanterna ou lanterninha.
Fonte: Professor Sergio Nogueira - via G1
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sábado, 10 de maio de 2014
DICAS DE PORTUGUÊS: ESPANHOLISMOS E ITALIANISMOS
DICAS DE PORTUGUÊS: ESPANHOLISMOS E ITALIANISMOS
O português importou muitas palavras do espanhol, não só porque a Espanha era o país mais próximo, mas também porque, de 1580 a 1640, Portugal foi território espanhol, sob o governo da monarquia hispânica. Naquela época, o espanhol foi a segunda língua do povo e chegou a ser a primeira dos nobres portugueses. Vejamos algumas palavras invasoras.
Cedilha
Em espanhol, a letra “z” é chamada de zeta ou zeda e tem o som de “ss”. Seu diminutivo em espanhol é cedilla, um pequeno “z”. No português arcaico, a letra “z” era usada entre o “c” e a vogal seguinte para que o “c” fosse lido com o som “ts”, em vez de “k” — cacza (caça), moczo (moço). Como na prática o encontro “cz” não pegou, passou-se a pôr um pequeno “z” embaixo da letra “c”. Depois esse pequeno “z” (cedilla em espanhol) se transformou num ganchinho.
Galápagos
As ilhas Galápagos, hoje uma província do Equador, foram encontradas em 1535 pelo bispo espanhol Tomás de Berlanga. O arquipélago é famoso por sua fauna, principalmente pela variedade de galápagos, que são tartarugas de água doce. Galápago é cágado em espanhol.
Joanete
Veio do espanhol juanete, que é uma saliência no dedão do pé e que veio de Juanete, diminutivo de Juan, aí usado com menosprezo como nome de pessoa rude e pobre, gente que tem joanete.
Puxa!
Veio da exclamação espanhola pucha! Em espanhol se xinga alguém de hijo de pucha. É isso, pucha é a suavização de um palavrão. Os espanhóis trocaram o “t” por “ch”.
Raposa
Veio do espanhol raposa, que teria se originado do espanhol antigo rabosa, em referência ao grande e peludo rabo do animal.
Das línguas neolatinas, o italiano é a que mais ficou parecida com a mãe, o latim. Vejamos algumas contribuições curiosas do italiano para o nosso vocabulário.
Bisteca
Veio do italiano bistecca. O inglês beef (origem de bife) significa:
(a) boi, vaca ou touro criado para servir de alimento e (b) a carne desses animais. A palavra inglesa proveio do francês boeuf (boi, carne bovina), que, por sua vez, veio do latim bove (boi, vaca). Roast (assado) beef deu no português rosbife. E beef steak (fatia de carne bovina frita ou grelhada) originou o português bifesteque, que caiu em desuso, e o italiano bistecca.
Espaguete
Veio do italiano spaghetti, barbantinhos. Spaguetti é o plural de spaghetto, que é o diminutivo de spago, barbante.
Esparadrapo
Do italiano sparadrappo, palavra formada de spare (rasgue) + drappo (o pano), já que antigamente se usavam panos para proteger as feridas. O italiano drappo veio do latim drappu, que também originou o português trapo.
Expresso
A palavra veio do latim expressu, espremido, comprimido. E o café expresso veio do italiano caffè espresso, que ficou com esse nome não por ficar pronto rapidamente, mas sim por ser feito pela compressão de vapor ou água fervente através de pequeníssimos grãos de café.
Palhaço
Veio do italiano pagliaccio, formado de paglia, palha (do latim palea). Antigamente a roupa do palhaço era feita do mesmo pano dos colchões: um tecido grosso, listrado. O tecido era afofado para proteger o artista nas quedas, tal como os colchões, que na época eram recheados de palha. Quer dizer, o palhaço era o próprio colchão ambulante.
Serenata
Veio do italiano serenata, que se originou de outra palavra italiana, sereno (orvalho), com a influência de sera (noite). Serenata séria se faz à noite, ao sereno.
Fonte: Professor Sergio Nogueira - Via G1
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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: VERBOS - Parte XII
DICAS DE PORTUGUÊS: VERBOS - Parte XII
Eu VALHO ou VALO?
O certo é VALHO.
A irregularidade do verbo VALER é apresentar “lh” na 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e, consequentemente, em todo o presente do subjuntivo:
PRESENTE DO INDICATIVO PRESENTE DO SUBJUNTIVO
Eu VALHO que eu VALHA
Tu vales que tu VALHAS
Ele vale que ele VALHA
Nós valemos que nós VALHAMOS
Vós valeis que vós VALHAIS
Eles valem que eles VALHAM
O verbo EQUIVALER segue o verbo VALER:
Que ele VALHA - “É necessário que isto se EQUIVALHA…”
Quando você VER ou VIR?
O certo é “quando você VIR o filme”.
O futuro do subjuntivo do verbo VER é VIR:
Quando eu VIR, tu VIRES, ele VIR, nós VIRMOS, vós VIRDES, eles VIREM.
O futuro do subjuntivo do verbo VIR é VIER:
Quando eu VIER, tu VIERES, ele VIER, nós VIERMOS, vós VIERDES, eles VIEREM.
O derivados do verbo VER (=antever, prever, rever…) seguem o verbo primitivo:
Eu vejo – eu prevejo (=pres. ind.)
Ele vê – ele prevê
Eles veem – eles preveem
Eu vi – eu previ (=pret. perf. ind.)
Ele viu – ele previu
Eles viram – eles previram
Se eu visse – se eu previsse (=pret. imp. subj.)
Quando eu vir – quando eu previr (=fut. subj.)
Na linguagem coloquial, é frequente ouvirmos a frase: “Quando a gente se ver de novo…” O correto é: “Quando nós nos VIRMOS novamente…”
Fonte: Professor Sergio Nogueira
quinta-feira, 26 de dezembro de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: VERBOS - Parte XI
DICAS DE PORTUGUÊS: VERBOS - Parte XI
VIAGEM ou VIAJEM?
VIAGEM é substantivo: “A VIAGEM foi ótima”.
VIAJEM é verbo (=presente do subjuntivo):
“Quero que vocês VIAJEM amanhã.”
VIGENDO ou VIGINDO?
O gerúndio do verbo VIGER (=vigorar) é VIGENDO: “Este contrato ainda está VIGENDO (=vigorando, valendo, dentro do prazo VIGENTE).
VIMOS ou VIEMOS?
VIMOS pode ser o passado do verbo VER ou o presente do verbo VIR:
“Ontem nós VIMOS o filme.” (=pretérito perfeito do indicativo do verbo VER);
“VIMOS, por meio desta, solicitar…” (=presente do indicativo do verbo VIR);
VIEMOS só pode ser o passado do verbo VIR:
“Ontem nós VIEMOS à reunião.” (=pretérito perfeito do indicativo do verbo VIR).
Tinha VIDO ou VINDO?
O particípio do verbo VIR é VINDO (igual ao gerúndio):
“Ele tinha VINDO de outra empresa.” (=particípio);
“Ele está VINDO para cá.” (=gerúndio).
Os verbos derivados (advir, convir, intervir, provir), consequentemente, deverão seguir o verbo primitivo:
“Quando chegou a solicitação do presidente, o diretor já havia intervindo no caso”.
Fonte: Professor Sergio Nogueira
terça-feira, 3 de dezembro de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: CAÇAR OU CASSAR
DICAS DE PORTUGUÊS: EM TEMPOS DE MENSALÃO!
Veja a diferença entre CAÇAR E CASSAR!
Antes de fixarmos os pormenores e estabelecermos as diferenças, de antemão já memorize o seguinte:
1. Use caçar quando quiser o significado de perseguir animais.
2. Use cassar quando quiser o significado de anular.
Como observamos acima, caçar (com cedilha) encontra-se no âmbito animalesco, enquanto cassar (com dois esses) está no ambiente político.
Confira alguns exemplos:
a) Eles saíram para caçar raposas.
b) Eles caçam por esporte.
c) Eles não caçarão mais, foram proibidos!
d) O Congresso cassou o mandato do senador Calheiros.
e) Os direitos do ex-presidente Fernando Collor foram cassados durante o Impeachment.
Fonte: Sabrina Vilarinho - Equipe Brasil Escola
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: Verbos - Parte X
PROVEJO ou PROVENHO?
PROVEJO é do verbo PROVER (=fornecer, abastecer);
PROVENHO é do ver PROVIR (=originar, vir de).
O verbo PROVIR segue o verbo VIR:
Eu venho - eu provenho
Ele vem - ele provém
Eles vêm - eles provêm
Nós vimos - nós provimos (=presente do indicativo)
Nós viemos - nós proviemos (=pretérito perfeito do indicativo)
Eu vim - eu provim
Ele veio - ele proveio
Eles vieram - eles provieram
Se eu viesse - se eu proviesse
Quando eu vier - quando eu provier
O verbo PROVER só segue o verbo VER nos tempos do presente:
Eu vejo - eu provejo
Ele vê - ele provê
Eles veem - eles proveem
Que eu veja - que eu proveja
No pretérito e no futuro, é REGULAR:
Ele proveu, eles proveram (=pretérito perfeito do indicativo);
Se eu provesse (=pretérito imperfeito do subjuntivo);
Quando eu prover (=futuro do subjuntivo);
Eu proverei (=futuro do presente do indicativo);
Eu proveria (=futuro do pretérito do indicativo).
Fonte: Professor Sergio Nogueira
PROVEJO ou PROVENHO?
PROVEJO é do verbo PROVER (=fornecer, abastecer);
PROVENHO é do ver PROVIR (=originar, vir de).
O verbo PROVIR segue o verbo VIR:
Eu venho - eu provenho
Ele vem - ele provém
Eles vêm - eles provêm
Nós vimos - nós provimos (=presente do indicativo)
Nós viemos - nós proviemos (=pretérito perfeito do indicativo)
Eu vim - eu provim
Ele veio - ele proveio
Eles vieram - eles provieram
Se eu viesse - se eu proviesse
Quando eu vier - quando eu provier
O verbo PROVER só segue o verbo VER nos tempos do presente:
Eu vejo - eu provejo
Ele vê - ele provê
Eles veem - eles proveem
Que eu veja - que eu proveja
No pretérito e no futuro, é REGULAR:
Ele proveu, eles proveram (=pretérito perfeito do indicativo);
Se eu provesse (=pretérito imperfeito do subjuntivo);
Quando eu prover (=futuro do subjuntivo);
Eu proverei (=futuro do presente do indicativo);
Eu proveria (=futuro do pretérito do indicativo).
Fonte: Professor Sergio Nogueira
PROVEJO é do verbo PROVER (=fornecer, abastecer);
PROVENHO é do ver PROVIR (=originar, vir de).
O verbo PROVIR segue o verbo VIR:
Eu venho - eu provenho
Ele vem - ele provém
Eles vêm - eles provêm
Nós vimos - nós provimos (=presente do indicativo)
Nós viemos - nós proviemos (=pretérito perfeito do indicativo)
Eu vim - eu provim
Ele veio - ele proveio
Eles vieram - eles provieram
Se eu viesse - se eu proviesse
Quando eu vier - quando eu provier
O verbo PROVER só segue o verbo VER nos tempos do presente:
Eu vejo - eu provejo
Ele vê - ele provê
Eles veem - eles proveem
Que eu veja - que eu proveja
No pretérito e no futuro, é REGULAR:
Ele proveu, eles proveram (=pretérito perfeito do indicativo);
Se eu provesse (=pretérito imperfeito do subjuntivo);
Quando eu prover (=futuro do subjuntivo);
Eu proverei (=futuro do presente do indicativo);
Eu proveria (=futuro do pretérito do indicativo).
Fonte: Professor Sergio Nogueira
sexta-feira, 2 de agosto de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: CONCORDÂNCIA
DICAS DE PORTUGUÊS: CONCORDÂNCIA
1. CONFORME ou CONFORMES?
a) Como conjunção conformativa (=segundo, como) é invariável:
“Fez tudo CONFORME os procedimentos estabelecidos.”
“CONFORME as leis vigentes, esta é a única solução.”
b) Como adjetivo, deve concordar com o substantivo a que se refere:
“Durante a auditoria, só encontraram produtos CONFORMES.”
“Ficaram CONFORMES (=CONFORMADOS) com a atual situação.”
2. É PROIBIDO ou É PROIBIDA?
Só concorda com o substantivo se estiver determinado:
“É PROIBIDA a entrada de estranhos.”
“É PROIBIDO entrada de estranhos.”
“A bebida alcoólica não é PERMITIDA.”
“Bebida alcoólica não é PERMITIDO.”
“Demissão em massa não é BOM para o governo.”
“Sua demissão não foi BOA para o governo.”
3. EXTRA ou EXTRAS?
EXTRA, como adjetivo (abreviação de EXTRAORDINÁRIO), deve concordar com o substantivo a que se refere:
“Trabalhou muitas horas EXTRAS.”
“Fez vários serviços EXTRAS.”
4. HAJA VISTA ou HAJA VISTO ?
HAJA VISTA é invariável.
“Ele foi demitido HAJA VISTA o problema surgido.”
“Ele foi dispensado HAJA VISTA os pontos atingidos.”
“Ele foi reprovado HAJA VISTA as notas tiradas.”
Fonte: Professor Sergio Nogueira
quarta-feira, 24 de julho de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: FORMAÇÃO DE PLURAL - Parte IV
DICAS DE PORTUGUÊS: FORMAÇÃO DO PLURAL
Plural das palavras compostas - Parte IV
► Quando o substantivo composto é constituído de palavras que se escrevem ligadamente, sem hífen, somente o último elemento vai para o plural:
aguardentes, pontapés, vaivéns…
► Quando a palavra composta, com HÍFEN, é constituída de
substantivos que têm plural, o normal é os dois irem para o plural:
abelhas-mestras, amigos-ursos, capitães-tenentes, capitães-aviadores, cartas-bilhetes, cirurgiões-dentistas, couves-flores, decretos-leis, micos-leões, pesos-galos, porcos-espinhos, sacis-pererês, tamanduás-bandeiras, tenentes-coronéis…
► Quando a palavra composta, com HÍFEN, é constituída de
substantivos e o segundo faz papel de adjetivo (especifica o primeiro), os dois elementos poderiam ir para o plural, mas a forma preferencial é só o primeiro ir para o plural:
bombas-relógio, canetas-tinteiro, carros-bomba, decretos-lei, elementos-chave, homens-macaco, homens-rã, licenças-prêmio, livros-caixa, mangas-rosa, navios-escola, operários-padrão, papéis-moeda, peixes-boi, pombos-correio, salários-família, tatus-bola…
A diferença é a seguinte: em TENENTE-CORONEL, o segundo substantivo NÃO faz papel de adjetivo (= tenente-coronel NÃO é um tipo de tenente). O plural é TENENTES-CORONÉIS; em OPERÁRIO-PADRÃO, o segundo substantivo faz o papel de adjetivo (= operário-padrão é um tipo de operário). O plural é OPERÁRIOS-PADRÃO.
Observe que algumas palavras aceitam as duas formas de plural:
DECRETOS-LEIS ou DECRETOS-LEI. Observe também que muitas palavras NÃO seguem a regra:
CIDADES-SATÉLITES, MICOS-LEÕES, TAMANDUÁS-BANDEIRAS…
A tendência atual é pôr os dois substantivos no plural.
terça-feira, 23 de julho de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: FORMAÇÃO DE PLURAL - III
DICAS DE PORTUGUÊS: FORMAÇÃO DE PLURAL
Plural das palavras compostas - Parte III
► Se houver uma preposição entre os dois substantivos, só o
primeiro elemento vai para o plural:
amigos da onça, bicos de papagaio, dores de cotovelo, estrelas-do-mar, generais de divisão, joões-de-barro, mulas sem cabeça, pais de santo, pães de ló, pés de cabra, pés de moleque, pores do sol, caras de pau…
Observe que, devido ao fato de o primeiro elemento ser advérbio, que é palavra invariável, os FORA DA LEI e os FORA DE SÉRIE são INVARIÁVEIS.
► Se o primeiro elemento for advérbio, preposição ou prefixo, somente o segundo elemento vai para o plural:
abaixo-assinados, alto-falantes, anti-imperialistas, micro-ondas, bel-prazeres, contra-ataques, grão-duques, recém-nascidos, sem-vergonhas, super-homens, todo-poderosos, vice-campeões…
No caso das palavras formadas pela preposição SEM, as palavras ficam invariáveis: os SEM-TERRA, os SEM-TETO, os SEM-NOÇÃO…
► Se a palavra composta é constituída por advérbio + pronome + verbo, somente o último elemento varia: bem-me-queres, bem-te-vis, não me toques…
► Se a palavra composta é constituída pela repetição das palavras
(onomatopeias = reprodução dos sons), o segundo elemento vai para o plural: bangue-bangues, pingue-pongues, reco-recos, teco-tecos, tique-taques, zigue-zagues…
Casos especiais:
Os arco-íris, as ave-marias, os banhos-maria, os joões-ninguém, os louva-a-deus, os lugar-tenentes, os mapas-múndi, os padre-nossos, as salve-rainhas, os surdos-mudos…
São INVARIÁVEIS:
a) compostos de verbo + palavra invariável:
os bota-fora, os cola-tudo, os topa-tudo…
b) compostos de verbos de sentido oposto:
os entre e sai, os leva e traz, os perde-ganha, os sobe e desce, os vai-volta…
c) expressões substantivadas:
os bumba meu boi, os chove não molha, os disse me disse…
Fonte: Professor Sergio Nogueira
segunda-feira, 22 de julho de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: FORMAÇÃO DE PLURAL - Parte II
DICAS DE PORTUGUÊS: FORMAÇÃO DE PLURAL
Plural das palavras COMPOSTAS - PARTE II
► Se a palavra composta, com HÍFEN, é constituída de um substantivo e um adjetivo (ou adjetivo + substantivo), os dois elementos vão para o plural: altas-rodas, altos-fornos, amores-perfeitos, batatas-doces, boas-novas, boias-frias, bons-dias, cabeças-chatas, cachorros-quentes, dedos-duros, ervas-doces, guardas-civis, lugares-comuns, mamões-machos, mãos-bobas, marias-moles, matérias-primas, meias-luas, meios-fios, obras-primas, ovelhas-negras, peles-vermelhas, puros-sangues…
Observe a diferença: em LIVRO-CAIXA, LIVRO e CAIXA são dois substantivos. O segundo substantivo (=CAIXA) faz o papel de adjetivo (livro-caixa é um tipo de livro) = só o primeiro vai para o plural: LIVROS-CAIXA; em CAIXA-PRETA, CAIXA é substantivo e PRETA é adjetivo.
Os dois elementos devem ir para o plural: CAIXAS-PRETAS.
► Se a palavra composta, com HÍFEN, é constituída de um numeral e um substantivo, os dois elementos vão para o plural: primeiros-ministros, segundos-sargentos, terças-feiras, quartas-feiras, quintas-feiras, sextas-feiras…
Fonte: Professor Sergio Nogueira
sexta-feira, 19 de julho de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: FORMAÇÃO DO PLURAL
DICA DE PORTUGUÊS: FORMAÇÃO DO PLURAL
Plural das palavras COMPOSTAS
►Se a palavra composta, com HÍFEN, é constituída de um verbo e um substantivo, somente o substantivo vai para o plural: arranha-céus, bate-papos, bate-bocas, bate-bolas, caça-talentos, guarda-chuvas, lança-perfumes, lava-pés, mata-borrões, para-brisas, para-choques, para-lamas, porta-bandeiras, porta-vozes, quebra-cabeças, quebra-molas, salva-vidas, vira-latas…
Observe a diferença:
a) Em GUARDA-CIVIL, GUARDA é substantivo e CIVIL é adjetivo.
Os dois vão para o plural: GUARDAS-CIVIS, guardas-noturnos, guardas-florestais…
b) Em GUARDA-CHUVA, GUARDA é verbo e CHUVA é substantivo. Só o substantivo vai para o plural:
GUARDA-CHUVAS, guarda-louças, guarda-roupas, guarda-costas…
►Se a palavra composta, com HÍFEN, é constituída de dois ou mais adjetivos, somente o último adjetivo vai para o plural:
consultórios MÉDICO-CIRÚRGICOS; candidatos SOCIAL-DEMOCRATAS; atividades TÉCNICO-CIENTÍFICAS; problemas POLÍTICO-ECONÔMICOS; questões LUSO-BRASILEIRAS, camisas RUBRO-NEGRAS, cabelos CASTANHO-ESCUROS; olhos VERDE-CLAROS…
Os adjetivos compostos referentes a cores são INVARIÁVEIS quando o segundo elemento é um substantivo: verde-garrafa, verde-mar, verde-musgo, verde-oliva, azul-céu, azul-piscina, amarelo-ouro, rosa-choque, vermelho-sangue…
Observe a diferença:
1. Olhos VERDE-CLAROS = cor + adjetivo (claro ou escuro);
2. Calças VERDE-GARRAFA = cor + substantivo.
Também são invariáveis: AZUL-CELESTE e AZUL-MARINHO.
Fonte: Professor Sergio Nogueira
quarta-feira, 29 de maio de 2013
DICA DE PORTUGUÊS: TEM E TÊM
DICA DE PORTUGUÊS: TEM E TÊM
É antigo um poema que exalta o Brasil e esclarece a dúvida entre se colocar ou não o acento circunflexo: tem ou têm. Refiro-me ao trecho de Canção do exílio do poeta Gonçalves Dias. Veja a estrofe:
“Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.”
Note os termos em destaque acima: percebe que há diferença entre a primeira oração e as demais?
Está evidente que esta diferença acontece por causa do acento circunflexo. Mas por que isso ocorre? A primeira sentença está no singular, o sujeito é “nosso céu”. Logo após essa frase, há duas orações no plural, onde os sujeitos são “nossas várzeas” e “nossos bosques”.
Tem acompanha o sujeito na terceira pessoa do SINGULAR.
Têm acompanha o sujeito na terceira pessoa do PLURAL.
Veja mais exemplos:
a) A menina tem muito entusiasmo em aprender.
b) Ela tem um sapato igual ao seu.
c) Alguns políticos têm esperanças de um futuro melhor.
d) Eles não têm competência para julgar.
e) Nada disso, essas pessoas têm que rever seus conceitos.
f) Então, ela tem que pedir perdão pelo que disse!
Observação 1: Os derivados do verbo “ter” (deter, manter, conter, obter) têm acento agudo na 3ª pessoa do singular e acento circunflexo na 3ª pessoa do plural: Isto contém glúten, Esses caldos de carne contêm glúten, Ele obtém vantagem nisso?, Eles obtêm vantagem em ter uma equipe assim!
Observação 2: A diferença entre tem e têm continua com a reforma ortográfica.
Fonte: Brasil Escola - Sabrina Vilarinho
terça-feira, 28 de maio de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: FIGURAS DE ESTILO E LINGUAGEM
DICAS DE PORTUGUÊS: FIGURAS DE ESTILO E LINGUAGEM
1 - Anacoluto- interrupção na sequência lógica da oração deixando um termo solto, sem função sintática.
Ex.: Mulheres, como viver sem elas?
2 - Anáfora- repetição de palavras.
Ex.: Ela trabalha, ela estuda, ela é mãe, ela é pai, ela é tudo!
3 - Antonomásia - substituição do nome próprio por qualidade, ou característica que o distinga. É o mesmo que apelidado, alcunha ou cognome.
Exemplos.:
Xuxa (Maria das Graças)
O Gordo (Jô Soares)
4 - Antítese - aproximação de ideias, palavras ou expressões de sentidos opostos.
Ex.: Os bobos e os espertos convivem no mesmo espaço.
5 - Apóstrofo ou invocação - invocação ou interpelação de ouvinte ou leitor, seres reais ou imaginários, presentes ou ausentes.
Exemplos.:
Mulher, venha aqui!
Ó meu Deus! Mereço tanto sofrimento?
6 - Assíndeto - ausência da conjunção aditiva entre palavras da frase ou orações de um período. Essas aparecem justapostas ou separadas por vírgulas.
Ex.: Nasci, cresci, morri.
(ao invés de: Nasci, cresci e morri.)
7 - Catacrese - metáfora tão usada que perdeu seu valor de figura e se tornou cotidiana, não representando mais um desvio. Isso ocorre pela inexistência das palavras mais apropriadas. Surge da semelhança da forma ou da função de seres, fatos ou coisas.
Exemplos.: céu da boca; cabeça de prego; asa da xícara; dente de alho.
8 - Comparação ou símile - aproximação de dois elementos realçando pela sua semelhança. Conectivos comparativos são usados: como, feito, tal qual, que nem...
Ex.: Aquela criança era delicada como uma flor.
9 - Elipse - omissão de palavras ou orações que ficam subentendidas.
Ex.: Marta trabalhou durante vários dias e ele, (trabalhou) durante horas.
10 - Eufemismo - atenuação de algum fato ou expressão com objetivo de amenizar alguma verdade triste, chocante ou desagradável.
Ex.: Ele foi desta para melhor.
(evitando dizer: Ele morreu.)
11 - Hipérbole - exagero proposital com objetivo expressivo.
Ex.: Estou morrendo de cansada.
12 - Ironia - forma intencional de dizer o contrário da ideia que se pretendia exprimir. O irônico é sarcástico ou depreciativo.
Ex.: Que belo presente de aniversário! Minha casa foi assaltada.
13 - Metáfora - é um tipo de comparação em que o conectivo está subentendido. O segundo termo é usado com o valor do primeiro.
Ex.: Aquela criança é (como) uma flor.
14 - Metonímia - uso de uma palavra no lugar de outra que tem com ela alguma proximidade de sentido.
A metonímia pode ocorrer quando usamos:
a - o autor pela obra
Ex.: Nas horas vagas, lê Machado.
(a obra de Machado)
b - o continente pelo conteúdo
Ex.: Conseguiria comer toda a marmita.
Comeria a comida (conteúdo) e não a marmita (continente)
c - a causa pelo efeito e vice-versa
Ex.: A falta de trabalho é a causa da desnutrição naquela comunidade.
A fome gerada pela falta de trabalho que causa a desnutrição.
d - o lugar pelo produto feito no lugar
Ex.: O Porto é o mais vendido naquela loja.
O nome da região onde o vinho é fabricado
e - a parte pelo todo
Ex.: Deparei-me com dois lindos pezinhos chegando.
Não eram apenas os pés, mas a pessoa como um todo.
f - a matéria pelo objeto
Ex.: A porcelana chinesa é belíssima.
Porcelana é a matéria dos objetos
g - a marca pelo produto
Ex.: - Gostaria de um pacote de Bom Bril por favor.
Bom Bril é a marca, o produto é esponja de lã de aço.
h - concreto pelo abstrato e vice-versa
Ex.: Carlos é uma pessoa de bom coração
Coração (concreto) está no lugar de sentimentos (abstrato)
15 - Onomatopeia – uso de palavras que imitam sons ou ruídos.
Ex.: Psiu! Venha aqui!
16 - Paradoxo ou oxímoro - Aproximação de palavras ou ideias de sentido oposto em apenas uma figura.
Ex.: "Estou cego e vejo. Arranco os olhos e vejo." (Carlos Drummond de Andrade)
17 - Personificação, prosopopeia ou animismo – atribuição de características humanas a seres inanimados, imaginários ou irracionais.
Ex.: A vida ensinou-me a ser humilde.
18 - Pleonasmo ou redundância - repetição da mesma ideia com objetivo de realce. A redundância pode ser positiva ou negativa. Quando é proposital, usada como recurso expressivo, enriquecerá o texto:
Ex.: Posso afirmar que escutei com meus próprios ouvidos aquela declaração fatal.
Quando é inconsciente, chamada de “pleonasmo vicioso”, empobrece o texto, sendo considerado um vício de linguagem: Irá reler a prova de novo.
Outros: subir para cima; entrar para dentro; monocultura exclusiva; hemorragia de sangue.
19 - Polissíndeto - repetição de conjunções (síndetos).
Ex.: Estudou e casou e trabalhou e trabalhou...
20 - Silepse - concordância com a ideia, não com a forma.
Ex.: Os brasileiros (3ª pessoa) somos (1ª pessoa) massacrados – Pessoa.
Vossa Santidade (fem.) será homenageado (masc.) – Gênero.
Havia muita gente (sing.) na rua, corriam (plur.) desesperadamente – Número.
21 - Sinestesia - mistura das sensações em uma única expressão.
Ex.: Aquele choro amargo e frio me espetava.
Mistura de paladar (amargo) e tato (frio, espetava)
domingo, 26 de maio de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: PARTICULARIDADES DE ALGUNS SINAIS DE PONTUAÇÃO: (.) (;) (:) (?) (!) (-)
DICAS DE PORTUGUÊS: PARTICULARIDADES DE ALGUNS SINAIS DE PONTUAÇÃO: (.) (;) (:) (?) (!) (-)
Ponto-final [ . ]:
Caracteriza-se por indicar uma pausa maior no discurso, pautando-se pelas seguintes finalidades:
* Indicar o fim de uma frase declarativa.
Ex: Os convidados demonstravam-se contentes durante todo o evento.
* Representar as abreviaturas.
Exemplos:
bibl. = bibliografia
C.C. = Código Civil
a.C. = antes de Cristo
obs. = observação
Me. = mestre
Rev.mo = Reverendíssimo
Dica importante:
Os símbolos referentes às unidades do sistema métrico decimal e aos elementos químicos não são acompanhados do ponto-final.
Exemplos:
Kg, m, cm, Hg, Au, K, Pb, dentre outros.
Ponto e vírgula [ ; ]:
Representa uma pausa maior que a vírgula e um pouco menor que o ponto-final, sem, contudo, encerrar o período. Sua utilização encontra-se relacionada aos seguintes casos:
* Separar as orações inerentes a um período muito extenso, principalmente se em uma delas já houver a presença da vírgula.
Ex: Dos mais de cem funcionários daquela empresa, apenas uma pequena porcentagem não concordou com as recentes decisões; o restante, todos aderiram às novas ideias.
* Separar orações coordenadas assindéticas que exprimam relações de sentido entre si.
Ex: As queimadas destruíram a vegetação; todos os animais silvestres foram mortos.
* Substituir, de modo facultativo, a vírgula em orações coordenadas sindéticas adversativas.
Ex: Não concordava com as opiniões dos colegas; contudo, respeitava-as.
* Separar orações coordenadas sindéticas conclusivas, sendo que as conjunções se encontram pospostas ao verbo.
Ex: A família era responsável pela garota; precisava, portanto, de protegê-la em todas as circunstâncias.
* Separar itens de uma enumeração e artigos relacionados a decretos, sentenças, petições, dentre outros.
Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
[...]
Constituição Federal de 1988.
Dois-pontos [ : ]:
Tem por finalidade introduzir palavras, expressões ou frases no intento de esclarecer, desenvolver ou explicar melhor uma passagem anteriormente citada. Sua empregabilidade está condicionada às seguintes circunstâncias:
* Indicar uma citação do emissor, de autoria própria ou alheia.
Ex: Gastei uma hora pensando em um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.
Carlos Drummond de Andrade
* Indicar uma enumeração.
Ex: Encontravam-se todos presentes: filhos, genros, noras, netos e bisnetos.
* Indicar as falas dos personagens mediante a trancrição do discurso direto.
Ex:
Durante a aula, o aluno perguntou à professora:
- Quando serão entregues os resultados referentes ao bimestre anterior?
Ela respondeu-lhe:
- Em breve.
* Demarcar uma explicação ou sequência.
Ex: Eram muitos os requisitos para o pleito daquela vaga de emprego: possuir um ano de experiência no cargo, ter habilitação e disponibilidade de horário.
Ponto de interrogação [ ? ]:
Utilizado no final das frases interrogativas diretas, indicando também outros sentimentos por parte do emissor, tais como: surpresa, indignação ou revelando uma expectativa diante de um determinado contexto linguístico.
Exemplos:
O quê? Não trouxe a encomenda que lhe pedi?
Por que não compareceu à festa de aniversário?
Ponto de exclamação [ ! ]:
Usado nas seguintes circunstâncias:
* Depois de frases que retratem ordem, indiquem espanto, admiração, surpresa, dentre outros sentimentos.
Exemplos:
Nossa! Não esperava vê-lo aqui.
Tenha confiança! Obterás um ótimo resultado.
* Após interjeições e vocativos.
Ah! Não me venha com este discurso fútil.
Já sei! Foi você, garotinho esperto!
* Diante de frases que exprimam desejo.
Guarda-me Senhor!
Que Deus o abençoe!
Observações importantes:
- Quando o sentido proferido pelo discurso prescindir ao mesmo tempo de interrogação e exclamação, poderão ser utilizados ambos os sinais.
Ex: Eu falar com ele?! Nem pensar.
- Quando se quer enfatizar ainda mais o sentimento ora caracterizado, haverá a possibilidade de repetir o ponto de exclamação.
Ex: Não!!! Já disse que não irei.
Travessão [ - ]:
Atribui-se a este sinal a função de:
* Indicar a fala de um determinado personagem ou a mudança de interlocutor nos diálogos:
- Quando voltarás para cá?
Seu amigo respondeu:
- Não sei, por enquanto prefiro ficar por aqui, pois estou investindo muito na minha vida profissional.
* Enfatizar uma palavra, frase ou expressão.
Ex: Era somente este o objetivo de Carlos – concluir sua graduação e seguir carreira militar.
* Separar orações intercaladas em substituição à virgula ou ao parênteses.
Ex: São Paulo – considerada a maior metrópole brasileira – enfrenta problemas de naturezas distintas.
sexta-feira, 24 de maio de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE IV
DICAS DE PORTUGUÊS - O USO DA VÍRGULA - PARTE IV
A vírgula deve ser usada para separar os incisos explicativos, retificativos ou continuativos (por exemplo, ou melhor, isto é, a saber, ou antes, aliás, digo, por assim dizer, além disso…): “O gerente era muito respeitado, ou melhor, muito temido.” “Ele deve, por exemplo, ouvir mais os seus funcionários.”
******
A vírgula deve ser usada para separar orações intercaladas: “Só o presidente, creio eu, pode resolver este caso.” “A diretoria, convém lembrar, não se reúne há três meses.”
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A vírgula deve ser usada para separar termos deslocados: “A sala, acredito que já tenha sido alugada.” (acredito que a sala já tenha sido alugada); “Os inspetores, parece que não chegaram.” (parece que os inspetores não chegaram).
Observações:
a) A vírgula também deve ser usada em caso de PLEONASMO ou ANACOLUTO.
1 – Aos empregados, o nosso sucesso lhes devemos. (Pleonasmo=repetição);
2 – Dinheiro, quem não está precisando disto? (Anacoluto).
*******
A vírgula pode ser usada também para marcar a supressão do verbo: “Tu buscas a terra e eu, os céus.” (busco); “Ele não nos entende nem nós, a ele.” (entendemos).
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A vírgula deve ser usada para separar o nome da localidade nas datas: ”Rio de Janeiro, 9 de setembro de 2012.
Fonte: Professor Sergio Nogueira
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quinta-feira, 23 de maio de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE III
DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VIRGULA - PARTE III
A vírgula DEVE ser usada quando o adjunto adverbial (de tempo, de lugar, de modo…) estiver deslocado: “O técnico analisou o problema no seu último relatório.” (ordem direta – sem vírgula); “No seu último relatório, o técnico analisou o problema.” (adjunto adverbial deslocado); “O técnico, no seu último relatório, analisou o problema.” (adjunto adverbial deslocado).
Observação:
Esta regra não é rígida. A vírgula pode ser omitida, principalmente em frases curtas e com adjuntos pequenos: “Ontem, os representantes visitaram o sindicato.” Ou “Ontem os representantes visitaram o sindicato.”
******
A vírgula deve ser usada quando a oração adjetiva é EXPLICATIVA: “Dr. José Cláudio dos Santos, que é o coordenador do projeto, viajou a São Paulo.” “Nossa empresa, que foi fundada em 1988, já apresenta um alto faturamento.” “A natureza deve ser respeitada pelo homem, que é um ser mortal.” (= todo homem é mortal)
Observações:
a) – O APOSTO EXPLICATIVO também deve ficar entre vírgulas: “O coordenador do projeto, Dr. Paulo Henrique de Assis, viajou a serviço.” (=cargo exclusivo); “Nossa empresa, a maior fabricante de calçados do Brasil, pretende desenvolver outras atividades.”
b) – A vírgula DEVE SER EVITADA quando a oração adjetiva é RESTRITIVA: “Devemos respeitar o homem que trabalha.” (não é todo homem que trabalha); “Não encontrei os documentos que você me enviou.” (aqueles que você me enviou).
Observe a importância da vírgula neste caso: “Os funcionários, que se dedicaram à empresa, devem ser aumentados.” (entre vírgulas – oração EXPLICATIVA = todos se dedicaram e serão aumentados) – “Os funcionários que se dedicaram à empresa devem ser aumentados.” (sem vírgula – oração RESTRITIVA = só os que se dedicaram devem ser aumentados).
******
A vírgula deve ser usada para separar o VOCATIVO (expressão de chamamento): “Deve, Sr. Presidente, confiar nestas ideias.” “Meus caros amigos, não sei se fui claro.”
Observe a importância da vírgula: “Dr. José Carlos vem aqui. (sem vírgula – é uma afirmação) – “Dr. José Carlos, vem aqui.” (com vírgula – é um chamamento)
Observações:
Não devemos separar com vírgula:
a) SUJEITO e VERBO: “Os computadores podem acarretar duas consequências.”
b) VERBO e COMPLEMENTOS: “Os computadores podem acarretar duas consequências.” “Comunicamos aos presentes a chegada do Diretor.”
c) ORAÇÃO PRINCIPAL e ORAÇÃO OBJETIVA: “Ele disse que não viria.” “Não sabemos quando eles voltaram.” “Solicitamos a V.Sa. que permaneça na sala.”
Fonte: Professor Sérgio Nogueira
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quarta-feira, 22 de maio de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE II
DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE II
A vírgula deve ser usada antes das conjunções ADVERSATIVAS (mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto) e CONCLUSIVAS (logo, portanto, por isso, por conseguinte, então): “Ele sempre se dedicou à empresa, porém nunca foi promovido.” “Ele sempre se dedicou à empresa, por isso será promovido.”
Observações:
a) – As conjunções ADVERSATIVAS e CONCLUSIVAS, quando deslocadas, devem ficar entre vírgulas: “Ele sempre se dedicou à empresa, nunca foi, porém, promovido.” “Ele sempre se dedicou à empresa, será, portanto, promovido.”
b) – A conjunção POIS, com o valor CONCLUSIVO, deve ficar entre vírgulas: “Ele sempre se dedicou à empresa, será, pois, promovido.” (= portanto)
c) – A conjunção POIS, com o valor EXPLICATIVO ou CAUSAL, pode ou não vir antecedida de vírgula: “Ele deverá ser promovido, pois se dedica à empresa.” (= porque)
*******
A vírgula PODE ser usada para separar a oração principal da subordinada adverbial (causal, concessiva, condicional, final, temporal…): “Ele foi promovido, porque sempre se dedicou à empresa.”(causal); “Ele foi promovido, embora não se dedicasse muito à empresa.”(concessiva); “Eles só será promovido, caso se dedique mais à empresa.”(condicional); “Ele desenvolveu o projeto, conforme nós orientamos.”(conformativa); “Ele tem se dedicado muito, para que possa ser promovido.”(final); “Ele só assinará o contrato, quando receber toda a documentação.”(temporal).
Observações:
a) – A vírgula DEVE ser usada quando a oração adverbial estiver deslocada: “Embora não se dedicasse à empresa, ele foi promovido.” “Solicitamos, caso seja possível, o seu comparecimento a este setor.” “Conforme nos foi solicitado, estamos enviando todos os documentos.” “Os computadores, quando foram introduzidos na empresa, trouxeram várias consequências.”
b) – A vírgula DEVE ser usada quando a oração reduzida* estiver deslocada:
“Encerrado o prazo, adotamos novas medidas.” (reduzida de particípio); “Os representantes, gritando muito, encerraram a reunião.” (reduzida de gerúndio); “Ao reduzir o déficit, pudemos pensar em desenvolvimento.” (reduzida de infinitivo).
* Oração reduzida não apresenta conectivo e o verbo aparece nas formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
Fonte: Professor Sergio Nogueira
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terça-feira, 21 de maio de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE I
DICAS DE PORTUGUÊS: O USO DA VÍRGULA - PARTE I
A vírgula deve ser usada para separar ENUMERAÇÕES, TERMOS e ORAÇÕES INDEPENDENTES ENTRE SI (núcleos de um sujeito composto, orações coordenadas assindéticas, termos de uma série não ligados pelo conectivo “e”):
1. O diretor, os assessores e os coordenadores se reuniram ontem à tarde.
(núcleos de um sujeito composto);
2. Eles chegaram cedo, discutiram o assunto, resolveram tudo.
(orações coordenadas assindéticas);
3. Necessitamos adquirir canetas, papel, borrachas, lápis.
(enumeração – termos de uma série).
Observe a importância da vírgula neste caso:
- O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária, do diretor e do coordenador. (=Ele foi com três pessoas);
- O presidente compareceu à reunião, acompanhado da secretária do diretor e do coordenador. (=Agora ele foi só com duas pessoas – O diretor não foi, e a secretária é a do diretor e não do presidente).
********
A vírgula deve ser evitada antes da conjunção aditiva “e”:
1. O diretor e os assessores se reuniram ontem à tarde.
2. Nesta empresa, os funcionários podem trabalhar e estudar.
Observações:
a) – A vírgula deve ser usada antes da conjunção “e” com valor ADVERSATIVO:
Já são dez horas, e (=mas ) a reunião ainda não terminou.
b) – A vírgula deve ser usada quando o conectivo “e” liga orações com sujeitos diferentes:
Os funcionários reclamavam, e a direção atendeu.
c) – A vírgula pode ser usada quando o conectivo “e” tem valor consecutivo ou enfático:
Os trabalhadores se reuniram, discutiram, e decidiram como agir.
Chegou, e viu, e lutou, e venceu finalmente.
d) – O conectivo “e”, em fim de enumeração, tem o valor de terminalidade:
Foram chamados vários funcionários: João Carlos, Pedro Sousa, Luísa e Cláudio Luís. (=Chamaram só estes quatro);
Foram chamados vários funcionários :João Carlos, Pedro Sousa, Luísa, Cláudio Luís.(=Estes são quatro dos que foram chamados. Pode haver mais)
- Não se usa a vírgula antes do conectivo “ou” (conjunção alternativa):
Não sei se ele trabalha ou estuda.
Fonte: Professor Sergio Nogueira
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segunda-feira, 20 de maio de 2013
DICAS DE PORTUGUÊS: ERROS GRAMATICAIS FAMOSOS
DICAS DE PORTUGUÊS: ERROS GRAMATICAIS FAMOSOS
As frases a seguir são de propagandas famosas.
Vem pra Caixa você também.
Você quer um desconto? Faz um 21!
Obedeça sua sede.
O primeiro pagamento só daqui 45 dias.
Quem lê, sabe.
Vota Brasil.
Vamos dividir a resposta em três partes:
1ª) Nos dois primeiros exemplos, encontramos o mesmo problema. É um vício de linguagem muito característico do português falado no Brasil. É o chamado duplo tratamento (=mistura de 2a com 3a pessoa).
O pronome “você” vem de “vossa mercê”. Trata-se de um pronome de tratamento. Faz concordância na 3ª pessoa (=você vem, você faz, você fala…), embora se refira ao receptor da mensagem (substitui o pronome “tu” = 2ª pessoa do discurso).
A mistura ocorre na hora de usarmos o verbo no imperativo afirmativo. Enquanto a 2ª pessoa vem do presente do indicativo sem o “s” (=vem tu, faze ou faz tu, fala tu), a 3ª pessoa vem do presente do subjuntivo:
que você venha – venha você;
que você faça – faça você;
que você fale – fale você.
Assim sendo, num texto formal em que se fizesse necessário o uso culto da língua portuguesa, deveríamos dizer:
Venha para Caixa você também;
Você quer um desconto? Faça um 21.
2ª) Nos exemplos 3 e 4, houve a omissão indevida da preposição “a”. O verbo “obedecer” é transitivo indireto. Se você realmente obedece, sempre deverá obedecer “a” alguma coisa. A mesma propaganda diz que “a imagem não é nada”. Pelo visto, para os autores da frase, a preposição também não é. O certo seria “Obedeça a sua sede”. O uso do acento da crase, nesse caso, é facultativo.
No exemplo 4, também está faltando a preposição. Tudo é “daqui a”: “O primeiro pagamento só daqui a 45 dias”.
3ª) Os dois últimos exemplos já foram comentados nesta coluna. Evitando voltar às velhas discussões sobre o assunto, repito apenas a minha opinião.
Em “Quem lê, sabe”, não deveríamos usar a vírgula, pois separa o sujeito do predicado: “Quem lê sabe”; “Quem bebe Grapete repete”.
Em “Vota Brasil”, falta a vírgula. O termo “Brasil” não é o sujeito da oração. É vocativo. A forma verbal (= vota) está no imperativo. Deveríamos escrever: “Vota, Brasil”.
Fonte: Professor Sergio Nogueira
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